14 de nov. de 2009

O ESTRESSE E A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA COMUNIDADE




O ESTRESSE E A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA COMUNIDADE
Silvia Helena Henriques Camelo
Emília Luigi Saporiti Angerami
A profissão de enfermagem foi designada como estressante, quando se relacionou o cuidado dispensado às pessoas doentes como uma grande demanda de compaixão e sofrimento por parte do cuidador. Os sinais e sintomas aparecem como importantes indicadores do desgaste dos trabalhadores de enfermagem, e justificam a inclusão da profissão de enfermagem no grupo das profissões desgastantes. O profissional de enfermagem que desenvolve assistência na comunidade, pelas características do tipo de trabalho, a proximidade com a clientela e sua realidade, seus problemas e limitações, estão expostos a fontes diversas e, portanto, vulneráveis ao estresse. O presente estudo tem como objetivo provocar uma reflexão e discussão destes trabalhadores sobre as características estressantes do seu trabalho. Este é um estudo bibliográfico, sendo o levantamento realizado através de busca em bases de dados como Pub Med e Lilacs e publicações dos últimos 5 anos da Revista Latino-Am. de Enfermagem. Como resultados, em relação ao estresse e a prática de enfermagem na comunidade, há evidências de que as enfermeiras que prestam assistência diretamente à comunidade em Unidades Básicas de Saúde dedicam grande parte do seu tempo em atividades de organização da infra-estrutura e planejamento da trabalho da equipe de enfermagem. Na tentativa de buscar o equilíbrio da equipe para melhor assistência, pode ocorrer um desgaste deste profissional, levando-o a apresentar sintomas de estresse. Em um estudo realizado com profissionais que atuam diretamente na comunidade, foram encontrados níveis de estresse e burnout mais elevados do que aqueles anteriormente publicados em profissionais da saúde que atuam dentro de hospitais, como resultados de estressores no trabalho. Sintomas de estresse também foram identificados em trabalhadores do Programa de Saúde da Família, como auxiliares de enfermagem, enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Portanto, consideramos importante uma reflexão dos trabalhadores de enfermagem que atuam na comunidade, sobre os fatores desgastantes do trabalho que podem contribuir para o estresse. Torna-se relevante a identificação de estratégias no trabalho para o controle do estresse, a fim de trazer benefícios para os profissionais e comunidade. As ações para reduzir o estresse ocupacional devem contemplar a mudança organizacional, além de estratégias pessoais como a prática da atividade física regular, exercícios de relaxamento e alimentação balanceada.
dados retirados :http://bvsms.saude.gov.br

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