14 de nov. de 2009

ALTERAÇÕES NAS DIRETRIZES INTERNACIONAIS DE RESSUSCITAÇÃO





ALTERAÇÕES NAS DIRETRIZES INTERNACIONAIS DE RESSUSCITAÇÃO
                    Sílvia Regina Rios Vieira
                    Janete Braunner
                    Cristiano Augusto Franke
                • Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO BÁSICA DE ADULTOS:


    • A decisão de iniciar manobras de ressuscitção é feita se a vítima estiver inconsciente e sem respiração normal.
    • Socorristas devem ser orientados a posicionar as mãos no meio do peito ao invés de perderem tempo realizando método do “rebordo costal”.
    • As ventilações de resgate devem ser realizadas em um segundo ( ao invés de dois), com volume suficiente para elevar o tórax.
    • A relação compressões:ventilações para RCP básica é de 30:2.
    • Programas de acesso público à desfibrilação são recomendados nos locais nos quais há a expectativa de uso do desfibrilador externo automático (DEA) uma vez a cada dois anos.

      Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA DE ADULTOS:
    • Em parada cardíaca pré-hospitalar não presenciada por socorristas, realizar 2 minutos de RCP básica (5 ciclos 30:2) previamente à desfibrilação. Não postergar a desfibrilação se PCR intra-hospitalar.
    • A fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso deve ser tratada inicialmente com um choque de 360 J monofásico ou 200 J bifásico (se você não sabe qual tipo da forma de onda de energia aplicada pelo “seu” desfibrilador, selecione a energia recomendada pelo fabricante ou então inicie com a maior carga)
    • Inicie RCP básica imediatamente após os choques. Não verifique o pulso ou avalie ritmo.  Após 2 minutos de RCP (5 ciclos 30:2) reavalie o ritmo e aplique choque se indicado.
    • Se houver dúvida no diagnóstico entre fibrilação ventricular fina ou assistolia, não tente desfibrilçao, continue com RCP básica.
    • Adrenalina deve ser administrada se persistir com ritmo FV/TV após o primeiro ou segundo choque.  Após repetir 1 mg a cada 3-5 minutos.
    • Nos ritmos de AESP(atividade elétrica sem pulso) ou assistolia, iniciar 1 mg de adrenalina após obtenção de acesso venoso e repetir a cada 3-5min.
    • Amiodarona em bolus de 300 mg deve ser administrada se persistir FV/TV após três choques. Pode ser repetido bolus com 150mg se FV/TV refratária ou recorrente, seguida de infusão 900mg em 24 horas.
    • Se amiodarona não estiver disponível, administrar lidocaína 1 mg/Kg. Não exceder 3 mg/Kg em uma hora.
    • Considerar a administração de trombolítico se a PCR for presumidamente por TEP suspeito ou comprovado. RCP não é contra-indicação para trombólise. Considerar manter RCP por até 60 a 90 minutos se uso de trombolítico.
    • Pacientes adultos em coma após PCR devem ser submetidos a hipotermia leve – temperatura central de 32 a 34° C por 12 a 24 horas.
    • Após obtenção da via aérea definitiva com TOT, realizar vetilações com freqüência de 8 a 10 por minuto, assincrônicas com as compressões torácicas. Hiperventilação é prejudicial durante a RCP. A ventilação efetiva deve promover uma discreta movimentação do tórax.

    Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO BÁSICA DE CRIANÇAS:
    • RCP básica de crianças deve ser iniciada com 5 respirações de resgate continuar com relação compressões-ventilações 30:2 para leigos ou socorrista único. Para RCP com dois ou mais socorristas a relação deve ser 15:2 até a puberdade (Idade não definida. Se a vítima “parecer” criança, realize suporte básico pediátrico.)
    • Técnica de compressão torácica para menores que um ano não mudou (compressão com dois dedos para socorrista único e técnica dos polegares circulando o tórax para dois ou mais socorristas). Acima de um ano a RCP utilizando uma ou ambas mãos deve ser realizada de acordo com a preferência do socorrista.
    • Desfibrilador externo automático pode ser utilizado em crianças acima de um ano. Utilizar com pás adesivas específicas entre 1 e 8 anos.
    • Na obstrução de via aérea em criança inconsciente, realizar 5 respirações de resgate e iniciar compressões torácias se não houver resposta. Não deve ser verificado pulso.

      Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA DE CRIANÇAS:
    • Máscara Laríngea é uma alternativa para manejo da via aérea.
    • Para desfibrilção utiliza-se 4 J/Kg no primeiro e demais choques. Após o choque iniciar RCP básica imediatamente e avaliar o ritmo após 2 minutos, chocando novamente se indicado.
    • Adrenalina deve ser usada se persistir FV/TV após o segundo choque, na dose de 10µg/Kg IV ou IO (intra-venosa ou intra-óssea), e repetida a cada 3-5 min. Administrar adrenalina 100µg/Kg pelo TOT somente se outra via indisponível.
    • Após retorno da circulação espontânea, as crianças que permanecem em coma podem se beneficiar de hipotermia leve (temperatua central de32-34º C) por 12 a 24 horas.
    • Ressuscitação de neonatos na sala de parto deve ser realizada com O2 100% sempre que possível. Sucção de mecônio da boca e nariz do RN intra-parto não é recomendada. As primeiras ventilações devem ser realizadas com insuflação por 2 a 3 segundos, para melhorar expansão pulmonar.

SUMÁRIO DAS MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO BÁSICA 

MANOBRA

ADULTO
CRIANÇA
UM ANO ATÉ ADOLESCENTE
CRIANÇA ATÉ UM ANO
Ativaçao do Sistema de EmergênciaVítima irresponsiva.Se PCR por asfixia após 5 ciclos RCP.
Após  5 ciclos de RCP básica.Para colapso súbito e assistido ativar após confirmada ausência de resposta.
Via aéreaInclinação da cabeça com elevação do queixo.Elevação da mandíbula se suspeita de trauma
Respiração Resgate2 respirações1 seg/respiração
2 respirações efetivas – 1 segundo cada
Ventilação de resgate sem compressões10 a 12 por minuto – assincrônicas com compressões12 a 20 por minuto – assincrônicas com as compressões torácicas
Ventilaçao na RCP com via aérea definitiva – TET
08 a 10 por minuto
Obstrução de via aérea por corpo estranho
Compressões abdominais
“Batidas” no dorso e compressões torácicas
Pulso (<10 seg)CarótidaCarótidaBraquial ou femoral
Compressões torácicasCentro do tórax – entre mamilosAbaixo da linha dos mamilos
Comprimir firme e forte.Permitir retração completa do tóraxDuas mãos – uma sobre a outraDuas mãos ou somente umaDois dedos (um socorrista)OU Dois polegares envolvendo tórax
Profundidade compressões4 a 5 cm1/2 a 1/3 da profundidade do tórax
Freqüência das compressõesAproximadamente 100 por minuto
Relação compressões-ventilação
30:2
    30:2 – socorrista único
    15:2 – dois ou mais socorristas


    “As interrupções das compressões torácicas devem ser minimisadas durante a ressuscitação”
Nenhum movimento ou resposta
Acionar SME:192-SAMU / 777-CTI / 655-UTIP – Trazer DEA
Abrir via aérea – avaliar respiração
Não respira – 2 ventilações        (observar a subida do tórax)
Sem resposta     - checar pulso
30 compressões/ 2 ventilações até DEA ou
SAVC – 100 compressões contínuas - 8 a 10 ventilações / min
DEA
1 ventilação cada 5 a 6 seg
Checar pulso cada 2 min
RCP imediata  (5 ciclos)
Checar ritmo cada 5 ciclos
1 choque –RCP imediata por 5 ciclos
Sim
Não
Ritmo não chocável
Ritmo chocável
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS
leigos
Prof saúde
Circulation 2005:112(IV)






        SUPORTE AVANÇADO DE VIDA - ACLS
Se FV/TV  - Desfibrilar – 1 choque
Corrente bifásica: 120-200 J - Corrente monofásica: 360 J
DEA: conforme especificação - Reiniciar RCP
Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
Algoritmo BLS, Chamar auxílio, RCP (30compr/2vent)
Oxigênio -  Monitoração
RCP – 5 ciclos *
PCR EM FV/TV
Circulation 2005:112(IV)
Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
  • Após intubação 100 compr e 8-10 vent/min. Checar ritmo cada 2 min
Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
• Continuar RCP enquanto dá carga ao desfibrilador
• Dar 1 choque ( mesma carga anterior)
• Reiniciar RCP imediatamente após choque
• Vasopressor IV/IO durante RCP antes ou após o choque:
-Adrenalina – 1 mg IV/IO repetindo cada 3 a 5 min ou
-Vasopressina – 40 UI IV/IO (em vez de 1a - 2a dose de adrenalina)
RCP – 5 ciclos *
• Continuar RCP enquanto dá carga ao desfibrilador
• Dar 1 choque ( mesma carga anterior)
• Reiniciar RCP imediatamente após choque
• Antiarrítmicos IV/IO durante RCP antes ou após o choque:
Amiodarona – 300 mg IV/IO; dose adicional de 150 mg IV/IO ou
  • Lidocaína – 1 – 1,5 mg/Kg (1a dose); 0,5 a 0,75 mg/kg IV/IO –
  • máximo 3 doses ou 3mg/Kg          
Magnésio - dose de ataque  1-2 gr IV/IO para torsades de pointes
Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
RCP – 5 ciclos *
RCP/ Ritmo/ Choque– RCP- Ritmo- Carga/ Choque/ Droga - RCP
PCR EM AESP-ASSISTOLIA
Circulation 2005:112(IV)
  • Após intubação 100 compressões  e 8-10 vemtilações/min.
  • Checar ritmo cada 2 min
AESP -  ASSISTOLIA
Checar ritmo – Ritmo chocável?
Epinefrina 1 mg IV/IO a cada 3-5 minutos
Vasopressina – 40 UI IV/IO ( no lugar da 1a ou 2dose de adrenalina)
Atropina? – 1mg IV/IO cada 3-5 min  (até 3 mg)
Não
Sim
Durante RCP: procurar fatores contribuintes:
 Hipovolemia    Tóxicos   
 Hipóxia     Tamponamento cardíaco
 Hidrogênio–acidose    Tensão no tórax(pneumotórax)
 Hipo/Hipercalemia  Trombose coronariana
 Hipoglicemia     Trombose pulmonar (embolia)
 Hipotermia     Trauma   
FV/TV
RCP – 5 ciclos *
RCP – 5 ciclos *
RCP  -   Ritmo / pulso  -   RCP  -  droga   -   RCP
Algoritmo BLS, Chamar auxílio, RCP (30compr/2vent)
Oxigênio -  Monitoração
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA - ACLS
dados retirados :www.msmidia.com/sotirgs/mar06.doc 

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