17 de nov. de 2009

MENINGITES


Meninges

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As meninges são três delicadas membranas que revestem e protegem o Sistema nervoso centralmedula espinal, tronco encefálico e o encéfalo. São elas a pia-máter, a dura-máter e aaracnoide.
A dura-máter corresponde a membrana mais espessa e externa das meninges, ela está estrategicamente posicionada para atuar no combate aos ataques patológicos infectantes e doenças malignas. Ela possui dois folhetos ao nível cranial, porém o externo está fixo nos ossos craniais atuando como periósteo limitando-se a região cerebral enquanto o folheto interno continua com a medula espinal. Entre as meninges circula o líquido cefalorraquidiano ou líquor, que protege o sistema nervoso.
A aracnóide-máter está logo abaixo a dura-máter, porém menos espessa, atuando além da defesa, na formação dos espaços intra-meningicos.
A pia-máter é a mais delgada e está intimamente aderente aos feixes nervosos. A inflamação das meninges tem o nome de meningite, sendo que pode ser causada tanto por vírusfungosou bactérias.A meningite, como sugere o próprio nome, é a inflamação das membranas que recobrem e protegem o SNC (sistema nervoso central), conhecidas como meninges. Nessa patologia ocorre o comprometimento das meninges por microorganismos patogênicos, onde alguns destes podem ser potencialmente fatais, principalmente quando não realizados os procedimentos cabíveis e necessários à recuperação dos pacientes. A meningite é uma inflamação da aracnóide, da pia-máter e do LCR, onde o processo inflamatório se estende através do espaço subaracnóide pelo cérebro e pela medula espinal ou espinhal. A ordem das meninges são dura-máter, aracnóide, pia-máter]

Patologias meningeas

]Etiologia

A meningite pode ser causada por inúmeros microorganismos patogênicos, onde os principais são as bactérias e os vírus. É possível também o desencadeamento da meningite por fungos, protozoários e helmintos, sendo estes bem menos freqüentes do que os anteriormente citados. Incidência

]Meningite bacteriana

É possível afirmar-se que as meningites bacterianas de etiologia conhecida são causadas principalmente pelo Haemophilus Influenzae (45% dos casos), pelo Streptococus pneumoniae (18% dos casos) e pela Neisseria meningitidis (14% dos casos). A freqüência com que os tipos de bactérias provocam a meningite está relacionada com a faixa etária, ou seja de acordo com a idade há uma incidência maior de um determinado agente etiológico. Nos recém-nascidos, os estreptococos e os bacilos gram-negativos são os principais causadores da meningite. Dos trinta dias de vida a até os cinco anos, agem o Haemophilus Influenzae, o pneumococo e o meningococo. A partir dos cinco anos, na adolescência e até mesmo na fase adulta predominam meningococo e o pneumococo como agentes causais da meningite.

]Meningite viral

Muitos vírus podem desencadear a meningite, entre eles podemos citar os enterovírus (85% dos casos), o vírus da caxumba (07% dos casos), o vírus da herpes simples (04% dos casos), os arbovírus (02% dos casos), o vírus da varicela e o vírus do sarampo (01% dos casos). Assim como,também, o vírus da rubéola e os adenovírus podem vir a desencadear a meningite.

]Classificação

A classificação da meningite ocorre de acordo com o seu agente etiológico, ou seja de acordo com o microorganismo que desencadeou a meningite.

]Meningite meningocócica

A meningite meningocócica é um dos tipos de meningite bacteriana que apresenta maior gravidade. O seu agente causal é a Neisseria meningitidis, um patógeno respiratório com grande capacidade de causar infecções endêmicas e epidêmicas. É mais comum em países em desenvolvimento, visto que as condições sanitárias e a desnutrição que são comuns nesses países. A natureza da meningite meningocócica torna imperativo o desenvolvimento das medidas preventivas para o seu controle.]

Meningite pelo Haemophilus Influenzae

Esse tipo de meningite é bastante comum. Mais de 50% dos casos dessa patologia ocorrem em crianças com menos de dois anos de vida,e 90% dos casos ocorrem antes dos cinco anos.

]Meningite pneumocócica

A meningite pneumocócica tem uma freqüência semelhante a meningite meningocócica, sendo que, na primeira, mais de 50% dos casos ocorre em pacientes com menos de um ano de idade ou com mais cinqüenta anos (principalmente a população idosa).

]Meningite estafilocócica

É uma das causas menos freqüente de meningite bacteriana. Pode ocorrer como resultado de furúnculos no rosto ou de infecção estafilocócica em outras partes do corpo. As vezes, é uma complicação da trombose do seio cavernoso ou de um abscesso epidural ou subdural.

]Meningite estreptocócica

A meningite estreptocócica apresenta um índice de 01 a 02% dos casos de meningite bacteriana. Esse tipo de meningite ocorre, geralmente, secundário a algum foco séptico, principalmente nos seios nasais ou mastóideo.

Meningite tuberculosa

Esse tipo difere dos anteriores em virtude da sua evolução lenta. A meningite tuberculosa é muito comum em crianças e recém-nascidos que residem em regiões onde o índice de tuberculose é alto. Fisiopatologia
A meningite pode ser causada por uma infinidade de microorganismos. Quando algum destes penetra no organismo humano, para que se desenvolva a meningite é necessário o cruzamento da barreira hematoencefálica e da barreira sangue-LCR. O LCR pode ser contaminado, também, através de um ferimento que penetre nas meninges como resultado de um trauma, de um procedimento clínico ou cirúrgico , ou, ainda, de uma mal formação congênita ( por exemplo, na mielomeningocele). Tendo, então, penetrado no LCR, o microorganismo terá um meio ideal par o seu crescimento, já que o liquor apresenta uma capacidade mínima ou inexistente de produção de anticorpos, e que as imunoglobulinas do sangue não têm acesso ao LCR. Assim sendo, o organismo infectante dissemina-se e alastra-se através da circulação do liquor. A entrada e o crescimento dos microorganismos, segue-se da inflamação meníngea.
Nos casos das meningites bacterianas, certos componentes específicos induzem a liberação de citocinas pró-inflamatórias no espaço subaracnóide, as quais aumentam a aderência, e o movimento transendotelial dos neutrófilos é ativado, liberando produtos como as prostaglandinas e os metabólicos tóxicos do oxigênio que aumentam a permeabilidade vascular local, podendo resultar em neurotoxidade direta. Tais alterações inflamatórias contribuem para o aumento da pressão intracraniana e para alterações no fluxo sanguíneo cerebral. O edema cerebral deve-se a permeabilidade aumentada da barreira hematoencefálica. O aumento da pressão no LCR é conseqüência da obstrução do fluxo, devido à inflamação ao nível das vilosidades aracnóides. O desenvolvimento da meningite viral envolve a exposição de uma superfície corporal ao vírus, seguida de viremia sistêmica e invasão do vírus nas meninges, sendo todo o desencadear da patologia semelhante ao da meningite bacteriana.r]

Manifestações Clínicas 

]Meningite bacteriana

O quadro clínico da meningite bacteriana varia um pouco de acordo com a faixa etária. Em recém-nascidos, os sinais e sintomas se apresentam a partir da hipo ou hipertermia, letargia, sucção débil, abaulamento de fontanela, irritabilidade, sinais de sepsis, cianose, icterícia, desconforto respiratório, apnéia e convulsões. Em lactentes de um a vinte e quatro meses, as manifestações tornam-se um pouco mais especificas, notando-se hipertermia, irritabilidade, latargia, vômitos, abaulamento de fontanela e convulsões.

Meningite viral

A meningite viral provoca sinais e sintomas variáveis de acordo com o seu agente etiológico. Sendo, freqüentemente, observado a hipertermia, astenia, mialgia, cefaléia, fotofobia, rigidez da nuca, distúrbios gastrointestinais, sintomas respiratórios ou erupção cutânea.

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