25 de dez. de 2009

A HITORIA DA NEONATOLOGIA E CONCEITO




NEONATOLOGIA - Conceito e História

A Neonatologia (do latim: ne(o) - novo; nat(o) - nascimento e logia - estudo), é  o ramo da Pediatria que  se ocupa das crianças  desde o  nascimento até aos 28 dias de idade (quando as crianças deixam de ser recém-nascidos passam a ser lactentes).


Na actualidade são muito frequentes os grandes prematuros com muito pouco peso, que ao ultrapassarem os 28 dias de vida, continuam sob o cuidado do Neonatologista, porque ainda necessitam de estar internados nas Unidades Neonatais.

Pierre Budin, obstetra de origem francesa é considerado o pai da Neonatologia. Foi o primeiro a escrever um livro (1892) sobre lactentes nascidos de parto prematuro e classificou as crianças em pequenas e grandes para a idade gestacional.

Em 1914,o Dr. Julius Hess e o Dr. Evelyn Lundeen implantaram unidades de cuidados para recém-nascidos prematuros no Michael Reese Hospital em Chicago.

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturação neurológica dos prematuros.

Por volta de 1940 foram unificados os critérios para manejo dos recém-nascidos prematuros e foram inventadas as incubadoras para que se pudesse controlar a temperatura dessas crianças. Nessa altura Budin estudou a influência da temperatura ambiente na mortalidade dos prematuros, tendo sido o primeiro a usa garrafas de vidro com água quente para termorregulação dos bebés durante o transporte neonatal.

Em 1953 a Dra. Virginia Apgar divulgou no meio científico a sua escala para avaliação do grau de asfixia neonatal e de adaptação á vida extra uterina (Escala de Apgar).
Em 1957 Ethel Dunham escreveu o livro "O Prematuro".


Em 1960 o Dr. Alexander Schaffer usou o termo Neonatologia pela primeira vez no livro "Diaseases of the Newborn".

Na década de 60 começaram a ser utilizados os monitores electrónicos, as gasometrias arteriais tornaram-se possíveis e surgiram antibióticos apropriados para tratar as sépsis neonatal.

Em 1967 o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia reconheceu a necessidade do trabalho conjunto dos Obstetras e Neonatologistas  para diminuir a mortalidade perinatal. Iniciou-se assim, em 1973, o primeiro Serviço de Cuidados Perinatais nos EUA.

Na década de 70 houve progressos importantes na nutrição, alimentação por sondas e na alimentação parenteral. Tornou-se rotina o uso de cateteres umbilicais.

Uma das mudanças mais importantes na Neonatologia foi a  atenção intensiva para o recém-nascido prematuro e a vigilância dos problemas respiratórios, através do uso da ventilação mecânica.

Em  1887 Dwyer utilizou o primeiro  ventilador rudimentar de pressão positiva e Egon BraunAlexander  Graham Bell introduziram a pressão negativa em 1888. Em 1953 Donald e Lord introduziram a uso do  ventilador com  ciclos.
Em 1971 Gregory, Kitterman  e Phibbs introduziram  a Pressão Positiva Continua nas vias aéreas  (CPAP). Pouco depois  Bird com  a colaboração de  Kirby desenvolveram o primeiro ventilador neonatal de pressão positiva, o "Baby Bird".

Posteriormente, através de um melhor conhecimento da fisiologia respiratória neonatal, foram melhorados os resultados da assistência respiratória mecânica aos recém-nascidos. É de  destacar ainda as contribuições de Downes, Anderson, Silverman, Gregory e Fujiwaracom o uso de surfactante exógeno.

A Neonatologia avançou muito nos últimos tempos, conseguindo menores índices de mortalidade  e de morbilidade graças a uma maior compreensão das particularidades dos recém-nascidos, melhores equipamentos e medicamentos. 
DADOS RETIRADOS:http://www.serprematuro.com/

    SAÚDE NEONATAL - ENFERMAGEM EM NEONATOLOGIA

    UTI NEONATAL

    JULIANA SILVA DE ALMEIDA

    Uma das características do período neonatal são as altas taxas de morbi-mortalidade devido ser uma fase de grande fragilidade do ser humano e a alta propensão a ocorrência de seqüelas muitas vezes incapacitantes e de longa duração. Para que estas taxas diminuam e haja a recuperação de alguma patologia que venha ocorrer neste período sem que haja seqüelas, é indicado o encaminhamento para Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Na unidade de cuidados intensivos neonatais são internados, principalmente, os recém-nascidos prematuros, que correm risco de vida e necessitam de cuidados 24h por dia, bem como aqueles que sofreram algum problema ao nascimento.

     HISTÓRICO

    A história do surgimento da Neonatologia é relatada por AVERY (1984) em seu livro "Neonatologia, Fisiologia e Tratamento do Recém-Nascido". Segundo este autor, a Neonatologia, como especialidade, surgiu na França. Um obstetra, Dr. Pierre Budin, resolveu estender suas preocupações além da sala de parto e criou o Ambulatório de Puericultura no Hospital Charité de Paris, em 1882. Posteriormente, chefiou um Departamento Especial para Debilitados estabelecido na Maternidade por Madame Hery, antiga parteira chefe. Em 1914, foi criado por um pediatra, Dr. Julius Hess, o primeiro centro de recém-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese, em Chicago. Depois disso, foram criados vários outros centros, que seguiram os princípios do obstetra, Dr. Budin e do pediatra, Dr. Hess, para a segregação dos recém-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar enfermeiras treinadas, dispositivos próprios, incluindo incubadoras e procedimentos rigorosos para a prevenção de infecções.Um centro criado em 1947, na Universidade do Colorado, além dos cuidados prestados aos prematuros, possuía leitos para mães com gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para médicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado. Arvo Ylppo, pediatra finlandês, publicou monografia sobre patologia, fisiologia, clínica, crescimento e prognóstico de recém-nascidos, relatos que serviram como ponto inicial para pediatras clínicos, professores e investigadores. Em 1924, o pediatra Albert Peiper, interessou-se pela maturação neurológica de prematuros. Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de processos cuidadosamente controlados em berçário de prematuros. O interesse da Dra. Dunhan sobre problemas clínicos dos recém-nascidos levou-a a enfatizar a importância do controle contínuo dos dados federais sobre a mortalidade de recém-nascidos. Isto serviu de base para a política federal, aumento do interesse nos serviços de cuidados materno-infantis assim como nas pesquisas peri e neonatais (AVERY et al., 1984). Ainda segundo AVERY (1984), o termo Neonatologia foi estabelecido por Alexander Schaffer cujo livro sobre o assunto, "Diaseases of the Newborn", foi publicado primeira vez em 1960. Este livro junto com o "Physiology of the Newborn Infant", de Clement Smint, constituem a base do novo campo (AVERY et al., 1984).
     INSTALAÇÃO Na instalação de uma unidade de atendimento ao RN e gestante tem-se seguindo o modelo de 'Sistema de Regionais Integrado e Hierarquizado'. Este modelo tem implícito a assistência integral à gestante e ao RN, sendo que a atenção é efetuada dentro do nível hierárquico em que o caso for indicado. No caso de maternidades, o sistema prevê três níveis com um adequado sistema de referência e contra-referência entre eles, a saber:
    • PRIMÁRIO: será feito o acompanhamento de gestante e RN de baixo risco, identificando e encaminhado os casos de maior risco para os próximos níveis de assistência mais complexa.
    • SECUNDÁRIO: acompanhará gestantes e RN de baixo e médio risco, selecionando e encaminhado casos de maior risco para os Centros mais habilitados para o seu atendimento
    • TERCIÁRIO: destinado ao atendimentos de gestante e RN de alto risco e de internação de RN com algumas patologias, transportados de outras unidades para a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN).
    A UTIN deve ser localizada dentro de uma estrutura hospitalar que disponha de recursos para o diagnóstico e tratamento de qualquer tipo de patologia neonatal, incluindo os procedimentos especializados (cateterismo umbilical e cardíaco, cirurgia neonatal, assistência ventilatória, monitorização de dados vitais, etc.), próxima do centro cirúrgico e sala de parto. UTIN precisa ser bem planejada, para evitar falta ou leitos ociosos e para isto é preciso considerar alguns fatores importantes, como:
    • Localização geográfica;
    • População assistida;
    • Taxa de crescimento populacional;
    • Recursos disponíveis (físicos e humanos);
    • Índice de prematuridade;
    • Número de admissão potencial de uma UTIN;
    • Ocupação média de um leito.
    UTIN pode ser dividida nas seguintes áreas:
    • Sala de Admissão do RN (primeiros atendimentos): local aonde ocorre a recepção do RN de partos não contaminados e aonde permanecerão em observação nas primeiras quatro horas de vida. Cada sala deve ter, no máximo, seis leitos, com área mínima de 2,50m2 por berço.
    • Sala para RN em Observação (opcional): destinada aos RN com mais de 4 horas de nascimento que, embora não patológicos, estejam por algum motivo impedidos de fazerem uso do alojamento conjunto. Cada sala deverá contar com, no máximo, quatro leitos, com área mínima de 2m2 por berço e distância de 60cm, no mínimo, por leito.
    • Sala de Cuidados Intermediários: indicada para RN que precisarão de tratamento simples por problemas não infecciosos, ou para RN que sairam da fase aguda da doença mas necessitam de cuidados específicos de enfermagem. Cada sala deve ter, no máximo, seis leitos, com área de 2 a 2,5m2 por berço e espaço de 60 cm entre os berços.
    • Sala de Cuidados Especiais (incluindo Unidade de Tratamento Intensivo): destinado a RN de alto risco que necessitem de recursos físicos e humanos especializados para prestação de cuidados médicos hospitalares constantes. Cada sala deve ter, no mínimo, quatro leitos, respeitando área mínima de 2,5m2 à 5m2, com espaço mínimo de 80cm entre berços.
    • Isolamento : destinados aos RN com diagnóstico confirmado de de processo infeccioso, conforme as normas da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH).  Cada sala deve conter seis leitos, no máximo, área mínima de 2,5mpor berço e distância mínima de 80cm. Deve ser considerada a proporção de berços para o total de RN, sendo adequado um berço de isolamento para cada 20 RN (5% do total de leitos).

      A UTIN deve contar ainda, para o seu funcionamento, com:
      • Posto de Enfermagem
      • Sala de Serviço
      • Rouparia
      • Sala de Amamentação
      • Área de Apoio:
      • Depósito de Armazenamento de Material;
      • Depósito de Armazenamento de Medicamento;
      • Depósito para Equipamento;
      • Sala de Ordenha/amamentação;
      • Central de Enfermagem;
      • Chefia de Enfermagem;
      • Expurgo;
      • Consultório/escritório médico;
      • Repouso Médico.
      • Serviço de Apoio:
      • Laboratório próprio, equipado no mínimo com:
        • Microcentrífuga;
        • Bilirrubinômetro;
        • Refratômetro;
        • Aparelho de gasometria;
        • Kit para glicemia;
        • Kit para colheita de bacteriologia;
        • Aparelho para dosagem de eletrólitos;
        • Diagnóstico por imagem (raio-X, ultrassonografia e ecografia);
        • Hemoterapia.


        RECURSOS HUMANOS

        A assistência a um RN exige vigilância constante de pessoal competente e bem treinado, dadas as características de emergência, freqüentemente oligossintomática, da patologia neonatal.
         EQUIPE MÉDICA
        - 1 MÉDICO CHEFE
        - 1 MÉDICO PLANTONISTA/ 24H/ 100 NASCIMENTOS/ MÊS (deverá estar presente em todos os partos para realizar a assistência ao RN durante as 24h do dia.
        -2 MÉDICOS DIARISTAS/100 NASCIMENTOS/ MÊS
         EQUIPE DE ENFERMAGEM
        A Equipe de Enfermagem da Unidade de Neonatologia deverá permanecer sob a supervisão constante de uma enfermeira com treinamento específico em neonatologia. Todo o pessoal auxiliar deve ser submetido a treinamento prévio e mantido em atualização constante e fixo no setor.
        CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS
        • A equipe de enfermagem deverá contar com, no mínimo, um elemento para cada quatro RN por plantão.




        CUIDADOS ESPECIAIS
        • A equipe de enfermagem deverá contar com um elemento para cada um ou dois RN, no máximo, por plantão.
           

        OUTROS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DA UNIDADE NEONATAL
        • Assistente Social;
        • Fonoaudiológo;
        • Nutricionista;
        • Psicólogo;
        • Fisioterapeuta e outros.

         INDICAÇÃO PARA A UTIN
        • Baixo peso, <1500g, grandes ou pequenos para idade gestacional;
        • Pré-termo;
        • Filho de mãe diabética;
        • Malformação;
        • Suspeita de infecção congênita;
        • Icterícia não-fisiológica;
        • Pós-maturidade;
        • Asfixia perinatal;
        • Duração do parto ativo: PRIMÍPARA: +24h, MULTÍPARA: + de 12h, Segundo Estágio: + de 2h;
        • Anomalias congênitas importantes;
        • Anemia Aguda;
        • Síndrome Hemorrágicas;
        • Convulsões;
        • Pré e pós-operatório;
        • Prolapso de Cordão Umbilical;
        • Sofrimento fetal crônico, subagudo, ou agudo;
        • Placenta prévia ou descolamento de placenta;
        • Parto difícil ou tocotraumatismo;
        • Gravidez múltipla;
        • Parto cesárea (observação);
        • Parto pélvico (observação);
        • Oligo e polidrâmio;
        • Membrana Hialina ou outra dificuldade respiratória;
        • Sespis;
        • Doença hemolítica;
        • Cardiopatia congênita;
        • RN sintomático.

        SALA DE ISOLAMENTO

        Os RN são isolados conforme as medidas de precaução:

        TRANSMISSÃO AÉREA:
        • Varicela, herpes zoster disseminado ou localizado em imunossuprimido.
        • Sarampo.

        TRANSMISSÃO POR GOTÍCULA:
        • Doença invasiva por menigococo.

        TRANSMISSÃO POR CONTATO:
        • Herpes simples;
        • Rubéola congênita;
        • Colonizado por microrganismo multirrresistente;
        • Processos infecciosos transferidos de outros setores.

        PRECAUÇÕES PADRÃO
        • Desacompanhado da mãe (isolamento para nascidos fora do hospital);
        • Outras situações.

         RECURSOS MATERIAISTodas as salas deverão ter número suficiente de pontos de vácuo, de oxigênio e de instalações elétricas.

        SALA DE ADMISSÃO
        Deverá ter
        • Ante-sala com lavatório de água corrente e solução anti-séptica, de preferência acionada pelos pés ou cotovelos;
        • Berço aquecido (um para cada 35 nascimentos/mês);
        • Fonte de oxigênio canalizado (um para cada berço);
        • Fonte de aspiração (uma para cada dois berços)
        • Armário com roupas limpas;
        • Antropômetro e uma balança (de preferência, eletrônica);



      SALA DE OBSERVAÇÃO

      • Ante-sala com lavatório de água corrente e solução anti-séptica, de preferência acionada pelos pés ou cotovelos;
      • Berço, de preferência de acrílico, que permita mudanças de eixo horizontal (1 para cada 40 nascimentos/mês);
      • Aparelho de fototerapia (1 para cada 3 berços);

      SALA DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS
       
      • Ante-sala com lavatório de água corrente e solução anti-séptica, de preferência acionada pelos pés ou cotovelos;
      • Dispositivo de toalha de papel;
      • Recipiente para toalhas usadas;
      • Armário de roupas limpas;
      • Hampers;
      • Berço individuais, de preferência de acrílico;
      • Fonte de oxigênio canalizado (um para dois berços);
      • Fonte de aspiração (uma para cada dois berços);
      • Tomadas elétricas com terragem (um para cada berço);
      • Uma balança para cada 10 RN (de preferência eletrônica);






      • Aparelho de fototerapia (1 para cada 2 berços);
      • Otoscópio, oftalmoscópio, martelo de pesquisa de reflexo;
      • Medidor de pressão não-invasivo (1 para cada 3 berços);
      • Material para reanimação do RN de tamanho adequado;
      • Material para cauterização umbilical;
      • Berço aquecido (um para cada 120 nascimentos/mês);
      • Oxímetro, um para cada incubadora;
      • Nebulizadores e umidificadores;
      • Capacetes, um para dois RN;
      • Incubadoras, uma para cada 120 nascimentos/mês;

      SALA DE CUIDADOS ESPECIAIS (UTI E SEMI - INTENSIVO)Deverá ter:
      • Instalações elétricas: 10 a 20 tomadas elétricas aterradas e ligadas aos circuitos de emergência do gerador;
      • Dois a quatro pontos de oxigênio por leito;
      • Dois pontos de ar comprimido por leito;
      • Dois a três pontos de vácuo por leito;
      • Iluminação suplementar através de aparelho de braço articulado;
      • Temperatura mantida entre 27 a 280C;
      • Umidade relativa do ar em 50%;
      • Piso sem fresta e lavável;
      • Ante-sala com lavatório de água corrente e solução anti-séptica, de preferência acionada pelos pés ou cotovelos;
      • Teto rebaixado para facilitar a limpeza;
      • Portas e esquadrias pintadas com tinta lavável;
      • Itens de segurança anti-incêndio e saída de emergência;
      • Um monitor de freqüência cardíaca por leito;
      • Um monitor de apnéia por leito;
      • Um respirador por leito;
      • Capacetes, um por leito;
      • Oxímetro, um para cada incubadora;
      • Nebulizadores e umidificadores, um por leito;
      • Um medidor de pressão não-invasivo, um por leito;
      • Material para reanimação do RN de tamanho adequado;
      • Um bomba de infusão por leito;
      • Aparelho de fototerapia, 1 por leito;
      • Um aparelho portátil de RX, um de ultrassonografia com transdutor neonatal;
      • Material descartável;
      • Um saturímetro por leito;
      • Incubadora de parede dupla, uma para cada 30 nascimentos/mês.

      ISOLAMENTO
      • Incubadora de parede dupla, 1% do número de nascimentos/mês;
      • Aparelho de fototerapia, 0,5% dos nascimentos/mês;
      • Ante-sala com lavatório de água corrente e solução anti-séptica, de preferência acionada pelos pés ou cotovelos e com pressão negativa;
      • 10% dos leitos de isolamento deverão ser leitos de cuidados intensivos. Os leitos intensivos, sempre que possível, deverão estar em box próprio, isolado dos demais.

      CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM UTI NEONATAL
       
      O melhor meio de evitar infecção hospitalar dentro de uma UTI Neonatal e em todo hospital é a lavagem de mãos.

      ENTRADA NA UNIDADE:
      • Limitada aos profissionais do setor, médicos de outros setores, quando em interconsulta, fisioterapeutas, outros profissionais da equipe multidisciplinar, pais dos RN internados;
      • Cuidados antes de entrar na unidade: ter unhas curtas; prender o cabelo, quando longo; retirar anéis, pulseiras, relógio, aliança. Após estes cuidados, realizar a lavagem das mãos.


      LAVAGEM DE MÃOS - PARA QUE SERVE:
      • Visa a remoção da flora transitória, camada de células descamativas, suor, oleosidade da pele e, quando associado a um anti-séptico, promove a diminuição da flora residente.

      LAVAGEM DE MÃOS - QUANDO REALIZAR:
      • Sempre que entrar ou sair da Unidade;
      • Quando as mãos estiverem sujas;
      • Antes e após o contato com o paciente;
      • Após contato com secreções e fluidos corporais;
      • Sempre que manipular materiais e equipamentos que estavam em contato com o  paciente;
      • No preparo de materiais e equipamentos;
      • Na manipulação de medicamentos;
      • Antes de procedimentos invasivos.

      COMO LAVAR:
      • Friccionar as mãos com água e sabão líquido ou solução anti-séptica degermante por aproximadamente 15 segundos pelas diferentes faces, espaços interdigitais, unhas;
      • Proceder também a lavagem do antebraço;
      • Enxaguar com água corrente;
      • Enxugar com papel toalha;
      • Em procedimentos cirúrgicos deve-se lavar as mãos com solução anti-séptica degermante durante 5 minutos enxugando-as com compressa estéril.
      Observação: O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos que deve realizada antes e após a retirada das mesmas.
      A lavagem de mãos pode ser realizada com sabão comum ou feita a desinfecção com álcool glicerinado em procedimentos de baixo risco ou situações emergenciais, quando é necessário o uso de antisséptico e as mãos não apresentam sujidade.



      ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL
      O trabalho da enfermeira dentro de uma UTIN é um desafio constante, pois requer vigilância, habilidade, respeito e sensibilidade, porque o paciente que vai ser atendido não fala, é extremamente vulnerável e altamente dependente da equipe que lhe está prestando assistência. Segundo Okikawa & Lund, o planejamento e a liberação de cuidados de enfermagem a neonatos gravemente enfermos, constitui um processo muito complexo e cuidadoso, e requer uma cuidadosa avaliação para determinar a eficácia tanto da terapia médica quanto da enfermagem (apud KLAUS & FANAROFF, 1994)
      A enfermeira é responsável por promover a adaptação do RN ao meio externo (manutenção do equilíbrio térmico adequado, quantidade de umidade, luz, som e estimulo cutâneo), observar o quadro clínico (monitorização de sinais vitais e emprego de procedimentos de assistência especial), fornecer alimentação adequada para suprir as necessidades metabólicas dos sistemas orgânicos em desenvolvimento (se possível, aleitamento materno), realizar controle de infecção, estimular o RN, educar os pais, estimular visitas familiares, elaborar e manter um plano educacional, organizar, administrar e coordenar a assistência de enfermagem ao RN e a mãe, desenvolver atividades multidisciplinares, orientar o ensino e supervisionar os cuidados de enfermagem prestados, entre outras atividades (VIEGAS, 1986; FONTES 1984).
      Em neonatologia é necessário a conscientização de que quanto mais cedo forem identificados os fatores de risco para o RN, melhores as condições para serem ajudados. Este é um dos papéis da enfermagem neonatal para promover segurança ao RN.
      Além da assistência ao RN, caberá enfermagem o controle do uso e conservação dos materiais e instrumental, registro de todas as ocorrências importantes referentes ao RN, bem como ao pessoal, as mudanças de procedimento, entre outras coisas.
      Um aspecto importante para assistência de enfermagem neonatal é a criação de um ambiente propício para o tratamento do RN, livre de estímulos nocivos, que promova o desenvolvimento positivo do RN e minimize os efeitos negativos da doença e da separação dos pais.


      O papel da enfermagem envolve o relacionamento com os familiares do RN. No período neonatal estaria fortalecendo-se o vínculo afetivo entre mãe e filho, mas quando a criança precisa ser encaminhada para uma UTIN, logo após o parto, esta ligação fica prejudicada. A enfermeira deve ajudar os pais a começarem a estabelecer o vínculo com seu filho durante a internação na UTIN. É necessário explicar os procedimentos realizados, o tratamento e reforçar continuamente as informações passadas pelo médico do RN em relação à sua condição e prognóstico. A enfermeira constitui, portanto, a fonte de apoio para os pais.


      LINKS INTERESSANTES

       A NECESSIDADE DE UM TRABALHO PREVENTIVO EM MATERNIDADE: INSTRUÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO DO RECÉM-NASCIDO ALTA HOSPITALAR DA CRIANÇA: IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM

      CSMC: Neonatoly on Web / TIPE /

      PROCURE MAIS SOBRE O ASSUNTO

       CADÊ? /  YAHOO! /  ALTAVISTA / LYCOS /

       BIBLIOGRAFIAAVERY, G.B. Neonatologia, Fisiologia e Tratamento do Recém-Nascido. 2 ed., Rio de Janeiro: Medsi, 1984, 1035 p.
      CALIL, R.; VEIGA, J.F.F. Controle de Infecção em Neonatologia , texto ainda não publicado.
      DINIZ, E.M.A. et al. Manual de Neonatologia. São Paulo: Sociedade de Pediatria de São Paulo, Physi Revinter, 1994, 342 p.
      FONTES, J.A.S. Perinatologia Social. São Paulo: Fundo Editorial BYK, Proceinx, 1984, 892 p.
      MIURA, E. Neonatologia: Princípio e Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991
      ALBANO, N; MIRANDA, L.E.V. Organizão da Unidade de Tratamento Intensivo. In VIEGAS, D.; MORAIS, R.V.; Neonatologia Clínica e Cirúrgica. São Paulo: Ateneu, 1986,p 367-70.
      VEIGAS, D.; GRAJWER, L.A.; GRINFELD, H.; SILVA, L.L.A. A Assistência ao Recém Nascido de Alto Risco. In: VIEGAS, D.; MORAIS, R.V. Neonatologia Clínica e Cirúrgica. São Paulo: Ateneu, 1986, p. 351-65.
      GRAJWER, L.A. Necessidades Básicas de Equipamentos em uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. In: VIEGAS, D.; MORAIS, R.V. Neonatologia Clínica e Cirúrgica. São Paulo: Ateneu, 1986, p. 371-77.

      A autora desta página é bolsista de Iniciação Científica da FAPESP.

      Orientadora: Profa. Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes
      Agradecimentos: Profa. Ianê Nogueira do Vale pela revisão do texto e cessão das fotos.
      Página da UNICAMP - SP 
      dados retirados:http://www.medicinaintensiva.com.br/

11 de dez. de 2009

nucleo celular função


O que é 
O núcleo é o responsável pelo controle de todas as funções celulares. A maior parte das células de nosso corpo possui um único núcleo. Contudo, há células que não possuem nenhum (glóbulos vermelhos maduros) e outras que possuem vários, como, por exemplo, às células musculares esqueléticas.
Entendendo mais sobre o núcleo celular 
Como nem todas as células possuem um núcleo definido, a biologia as dividiu em dois grupos: as eucariontes (células com núcleo definido) e as procariontes (células sem núcleo definido).

Dentro destes dois grupos, é importante sabermos que mesmo as células procariontes possuem DNA. Neste caso, ao invés de concentrar-se no núcleo, como ocorre com as células eucariontes, o DNA geralmente se encontra no nucleóide.

O nucleóide não é um verdadeiro núcleo, uma vez que não se encontra separado do resto da célula por membrana própria. Este consiste em uma única grande molécula de DNA comproteínas associadas.

No caso das células eucariontes, o núcleo encontra-se separado pelo envoltório nuclear, que, além de ter a função de separar o núcleo do citoplasma, comunica-se com o citoplasma através dos poros nucleares. Estes poros, são os responsáveis pelo controle da troca de substâncias entre o núcleo e o citoplasma.

Dento do núcleo, encontram-se corpos em formatos esféricos denominados nucléolos, compostos protéicos, DNA e RNA e os genes nucleares, também conhecidos como código genético. Estes genes são os responsáveis não só pelas características hereditárias, como também, pelo controle da maioria das atividades realizadas pelas células.
De forma geral podemos dizer que o núcleo possui duas funções básicas: regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula e armazenar suas informações genéticas.

Histologia - Estudo dos Tecidos do Corpo Sistema Tegumentar - Pele Humana



O que é 
A histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano. Os tecidos são formados por grupos de células de forma e função semelhantes.
De forma simples podemos entender que a célula é a unidade fundamental do corpo, os tecidos são a associação de várias células semelhantes, os órgãos são a junção de vários tecidos que realizam uma determinada função, os sistemas são a união de vários órgãos (sistema nervosolinfáticoesqueléticorespiratóriotegumentarcirculatório, etc) e que a união de todos os sistemas formam o organismo.

Os tecidos de nosso corpo podem ser classificados em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.

tecido epitelial apresenta como características: ausência de espaço entre as células, ausência de vascularização e grande capacidade de renovação celular. Sua função principal é proteger o corpo contra a penetração de microorganismos, substâncias químicas e agressões físicas.

Ele se encontra recobrindo o corpo externamente (epiderme e córnea) e a superfície interna dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, nariz, pulmão, boca, útero, bexiga, etc. Além disso, ele é o responsável pela formação de glândulas (fígado, pâncreas, glândulas salivares, etc).

tecido conjuntivo possui espaço entre as células, é ricamente vascularizado, possui baixa renovação celular e material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares), possui também o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos).

Entre suas várias funções, este tecido possui uma importantíssima: unir e separar órgãos ao mesmo tempo. Abaixo de todo tecido epitelial, deve haver, obrigatoriamente, um tecido conjuntivo.

tecido muscular possui células especializadas para a contração. Sua função é permitir o movimento, realizar a manutenção postural e a produção de calor. Ao contrário dos tecidos citados acima, este não possui renovação celular.

tecido nervoso é formado por células nervosas (neurônios) e também por células protetoras e de sustentação, chamadas neuroglias. Assim como ocorre no tecido muscular, este é formado por células que não se renovam.

A pele e seus anexos (unhas, pêlos e glândulas) fazem parte do sistema tegumentar. Ela  é composta por três camadas: epiderme, derme e tela subcutânea.   
As camadas da pele 
A epiderme é a parte mais externa e a única que está em contato com o meio ambiente, por esta razão, ela possui também a importante função de proteger o organismo contra os danos causados por agentes externos. 
Ela é composta por tecido epitelial (carente de vascularização) e possui cinco camadas: camada basal, espinhosa, granulosa, lúcida e camada córnea. 
Sua formação se dá através das células epidérmicas (queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel).  
Contudo; excetuando-se a camada basal (única camada que faz contato com a derme), a epiderme é quase que completamente formada por queratinócitos. 
A derme é formada por tecido conjuntivo, que ao contrário do tecido epitelial é ricamente vascularizado. 
Nela encontram-se as fibras colágenas, elásticas e reticulares, além das células formadoras de sua composição (fibroblastos, linfócitos, mastócitos...). 
Ainda na derme, estão presentes algumas glândulas (sudoríparas, sebáceas), terminações nervosas e folículos pilosos. 
Por último, vem a tela subcutânea, também conhecida como hipoderme, esta é composta por células gordurosas. Ela é responsável pela reserva de nutrientes, proteção dos vasos e nervoslocalizados nos níveis mais profundos. 
É importante saber que quando se pensa em epiderme, derme e hipoderme, deve-se ter em mente que uma depende da outra para o equilíbrio deste importante órgão que é a pele humana, e também para o “perfeito” funcionamento de nosso organismo.  
 O que é 
A pele e seus anexos (unhas, pêlos e glândulas) fazem parte do sistema tegumentar. Ela  é composta por três camadas: epiderme, derme e tela subcutânea.   
As camadas da pele 
A epiderme é a parte mais externa e a única que está em contato com o meio ambiente, por esta razão, ela possui também a importante função de proteger o organismo contra os danos causados por agentes externos. 
Ela é composta por tecido epitelial (carente de vascularização) e possui cinco camadas: camada basal, espinhosa, granulosa, lúcida e camada córnea. 
Sua formação se dá através das células epidérmicas (queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel).  
Contudo; excetuando-se a camada basal (única camada que faz contato com a derme), a epiderme é quase que completamente formada por queratinócitos. 
A derme é formada por tecido conjuntivo, que ao contrário do tecido epitelial é ricamente vascularizado. 
Nela encontram-se as fibras colágenas, elásticas e reticulares, além das células formadoras de sua composição (fibroblastos, linfócitos, mastócitos...). 
Ainda na derme, estão presentes algumas glândulas (sudoríparas, sebáceas), terminações nervosas e folículos pilosos. 
Por último, vem a tela subcutânea, também conhecida como hipoderme, esta é composta por células gordurosas. Ela é responsável pela reserva de nutrientes, proteção dos vasos e nervoslocalizados nos níveis mais profundos. 
É importante saber que quando se pensa em epiderme, derme e hipoderme, deve-se ter em mente que uma depende da outra para o equilíbrio deste importante órgão que é a pele humana, e também para o “perfeito” funcionamento de nosso organismo.  
dados retirados: http://www.todabiologia.com/



Sangue Humano


O que é 
O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sangüíneos. Ele é responsável pelo transporte, regulação e proteção de nosso corpo.
Composição do sangue
Nele encontramos o plasma sangüíneo, responsável por 66% de seu volume, além das  hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição.
A maior parte do plasma sangüíneo é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, uréia, etc.
Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, transportam o oxigênio e o gás carbônico por todo o corpo.  Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea.
O glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo. Eles protegem nosso organismo contra a invasão de microorganismos indesejados (vírus, bactérias e fungos). De forma bastante simples, podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de defesa".
As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, evitando assim sua perda excessiva de sangue (hemorragia). Elas geralmente agem quando os vasos sangüíneos sofrem danos. Um exemplo  simples é o caso de uma picada de agulha, onde observa-se uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário.
Curiosidade: O ramo que estuda o sangue e as suas doenças é a hematologia.

qualidade de vida no trabalho


Qualidade de Vida no Trabalho


Alcançar a qualidade de vida é o grande anseio do ser humano, que busca tudo que possa proporcionar maior bem estar e o equilíbrio físico, psíquico e social, uma regra para se obter uma vida mais satisfatória.  Profissionais de diversos segmentos dedicam-se a arte de descobrir novas formas e maneiras de obter-se estes anseios.
 
A Saúde, hoje, é determinada pelas várias condições do meio ambiente, pelas próprias condições de vida dos indivíduos e pelo equilíbrio entre fatores externos e internos do ser humano. Concluímos que o equilíbrio ideal está no equilíbrio global de todos os setores da vida de cada individuo.
 

: Neste contexto, inevitável e naturalmente a qualidade de vida está sendo inserida no meio organizacional das empresas, local onde grande parcela do tempo das pessoas é dedicada. O mercado cada vez mais competitivo e exigente movido pela velocidade das informações geradas por um mundo globalizado e pelos avanços tecnológicos, define o profissional como sendo a verdadeira potência. A motivação e o comprometimento são os combustíveis dessa potência. Portanto a geração de qualidade de vida nas empresas é essencial para obter-se a motivação e o comprometimento e esse conceito está tomando formas no Brasil.
 
Segundo uma pesquisa feita pelo Hay Group em parceria com o Jornal Valor Econômico em outubro de 2003, intitulada "As quarenta melhores em gestão de pessoas", as melhores empresas em gestão de pessoas destacam-se em rentabilidade; são bem vistas pelos funcionários em seus processos corporativos, no planejamento e na maneira de gerenciamento; e obtiveram média geral favorável de 79% e de qualidade de vida 80%, contra 69% e 52%, respectivamente. Ainda segundo estudos americanos, para cada dólar investido em qualidade de vida dentro das empresas se obtêm um retorno de 2 a 5 dólares.
 
 
 Seus benefícios são inúmeros, ainda imensuráveis em sua totalidade e os dados estatísticos são aleatórios. Sabe-se que a redução de custos com a saúde dos colaboradores é considerável, além de ocorrer à diminuição dos níveis de stress e aumento de produtividade. Trata-se de um novo setor inexplorado e imprescindível que está sendo inserido no trabalho diante das pressões de um conceito antigo, mas antes sem relevância, o respeito por todos, a valorização da vida de cada um e dos bens coletivos. 
 
Muitas corporações estão tentando construir este setor com a implantação de programas aleatórios, que não trazem os resultados necessários e desejados, pois um programa de qualidade de vida deve ter um direcionamento e um acompanhamento, o que requer tempo e dedicação. Com o intuito de obter resultados rapidamente, muitas empresas contratam serviços desqualificados. Esse quadro reflete um período de exploração de um novo setor pouco conhecido e que necessita, assim como os outros setores, de uma estrutura forte e articulada que os colaboradores e as empresas devem construir.

10 de dez. de 2009

Doença óssea de Paget


A doença foi descrita em 1877 por James Paget e é denominada osteíte deformante. Consiste de uma doença esquelética crônica, causada por um distúrbio da remodelação óssea. Incide principalmente em homens, na proporção de 3:2 e estudos genéticos demonstram uma possível agregação familiar. Estima-se que 2% da população mundial acima de 60 anos tenha a doença. Em algumas regiões da Europa Ocidental esse número chega a 7%. No Brasil, estima-se que 80.000 pessoas sofram da doença de Paget, que ainda é subdiagnosticada.
Etiologia
A etiologia da doença permanece desconhecida. Dados de diferentes áreas de investigação estabelecem algumas hipóteses. A doença parece ter um significante componente patogenético, 15% a 30% dos pacientes têm história familiar positiva e análises genéticas de famílias acometidas estabelecem um padrão autossômico dominante de herança. Um outra hipótese refere-se a intervenção de agentes virais.
Uma teoria mais recente tenta “unificar” estes achados prévios e sugere que osteoclastos (células “destruidoras” de tecido ósseo) hiperativos funcionalmente são o produto de uma fusão de células (osteoclastos e células progenitoras de osteoclastos) mediada por uma infecção viral e que migram para os locais da lesão óssea. Muitos investigadores acreditam que uma infecção viral durante a infância, num indivíduo geneticamente suscetível, predispõe a lesão no osteoclasto que deverá manifestar-se durante a vida adulta.
Patogênese
O evento inicial da DP é o aumento da reabsorção óssea em associação com a presença de osteoclastos anormais nos sítios afetados. Os osteoclastos da doença de Paget são mais numerosos e contêm mais núcleos (mais de 100 núcleos por célula) que os normais. Em resposta ao aumento na reabsorção óssea, numerosos osteoblastos (células produtoras de tecido ósseo) são recrutados para os locais da doença em que ocorre uma tentativa de reparação com aumento de tecido osteóide, fibrose medular e hipertrofia vascular, resultando em perda da arquitetura normal do osso trabecular e cortical, os quais se tornam menos compactos, mais vascularizados e suscetíveis a deformidades e fraturas patológicas.

Manifestações clínicas

Paget
Cerca de 80% dos pacientes são assintomáticos e, quando ocorrem sintomas, estes são devido a complicações neurológicas ou ósseas. O exame físico dos pacientes portadores de Paget pode ser totalmente normal ou, nas fases de atividade da doença, pode manifestar-se com maior velocidade de crescimento ósseo e de aumento de temperatura no segmento ósseo acometido, secundário a um maior fluxo sangüíneo nestas localizações. As anormalidades encontradas no exame físico da coluna lombar podem incluir a retificação da coluna e presença de escoliose.A coluna lombossacra é o sítio mais acometido sendo a dor de início insidioso, de intensidade moderada, não relacionada com o movimento, podendo irradiar-se para a região glútea, coxa, perna e pés, não sendo totalmente aliviada com o repouso nem com utilização de analgésicos e antiinflamatórios não hormonais.
Diagnóstico
A imagem radiológica é de um osso denso e desestruturado. Veja o aumento da densidade óssea na região sacral da figura.
Aumento na excreção urinária dos marcadores bioquímicos que refletem um estado hiper-reabsortivo (hidroxiprolina, por exemplo) pode ser visto ao lado da elevação dos níveis de fosfatase alcalina, a qual demonstra aumento da atividade osteoblástica.
Os níveis séricos de cálcio são usualmente normais. Ocasionalmente pode haver hiperparatiroidismo secundário (15%-20% dos casos) mesmo com cálcio sérico normal.
Além de úteis na comprovação do diagnóstico, as dosagens seriadas da fosfatase alcalina e hidroxiprolina urinária ou de outros marcadores da reabsorção, como os interligadores do colágeno tipo 1 (piridinolina e deoxipiridinolina) e os fragmentos amino (NTx) e carboxi (CTx) do colágeno tipo 1, são utilizadas na monitorização dos efeitos do tratamento.
Tratamento
O desenvolvimento de inibidores específicos da reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos, particularmente os bisfosfonatos de última geração tais como o alendronato,
risedronato e o ácido zoledrônico, permitiu maiores chances de sucesso no tratamento da doença de Paget nos últimos anos.

FEBRE MACULOSA




Doenças - Erlichiose
Conhecida popularmente como “doença do carrapato”, a Erlichiose é uma doença transmitida por carrapatos do gênero Rhipicephalus sanguineus, muito comum em cães (seus hospedeiros principais) e rara em gatos.
Nos cães, o carrapato transmissor da doença é o Erlichia canis. A transmissão se dá quando o carrapato ataca um cão já contaminado pela Erlichia se contaminando e, posteriormente, ao atacar um cão sadio, faz com que a doença penetre em sua corrente sanguínea, causando anemia pela destruição das células vermelhas.
Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erlichiose pode se desenvolver em 3 fases.
Na 1ª, chamada fase aguda (onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos), os sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. É possível, também, que o animal apresente sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. Nessa fase, nem sempre o dono percebe os sintomas e, conseqüentemente, que o animal está doente.
Na fase subclínica, que pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior), o cão é, aparentemente, saudável sem que apresente nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc.
Na 3ª fase, chamada de fase crônica, os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções.
Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores são as chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico pode ser feito através de exame de sangue completo ou por exames específicos, como imunofluorescência direta, etc.
A Erlichiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os aintibióticos sendo que, às vezes, o tratamento deve ser complementado com aplicações de soro ou transfusões de sangue.
A melhor forma de prevenir que o animal não contraia a doença é a eliminação dos carrapatos encontrados no cão (inclusive dos cães que vivem dentro de casa), o controle deles no ambiente (que deve ser constantemente desinfetados) onde o animal vive, assim como o uso de produtos veterinários preventivos, como coleiras, sabonetes carrapaticidas uma vez que não há vacina contra a doença.
Dr.Maurício Pires
CRMV 17.207 - mau.pires@bol.com.br
dados retirados :http://www.fasprotecaoanimal.org.br/erlichiose.asp

Lesão por esforço repetitivo



Definição

Representa uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso das extremidades superiores em tarefas que envolvem movimentos repetitivos ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o de Síndrome da Dor Regional. Contudo, como o nome L.E.R. se tornou comum e até popular, esta é a denominação adotada no Brasil, e representa exatamente o que se trata a doença, pois relaciona sempre tais manifestações com certas atividades no trabalho. O diagnóstico diferencial deve incluir as tendinites e tenossinovites secundárias a outras patologias, como reumatismo, esclerose sistêmica, gotainfecção gonocócica, traumáticaosteoartritediabetesmixedema etc., uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
As lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos já eram conhecidas desde a antiguidade sob outros nomes, como por exemplo, naIdade Média, a "Doença dos Escribas", que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo com a invenção daimprensa. Já em 1891, De Quervain descrevia o "Entorse das Lavadeiras".

]Classificação

As classificações mais usuais são feitas conforme a evolução e o prognóstico, classificando a "DORT" baseando apenas em sinais e sintomas.

]Fases

Fase 1 - Apenas queixas mal definidas e subjetivas, melhorando com repouso.
Fase 2 - Dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos.
Fase 3 - Exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso.
Fase 4 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente permanente).

]Estágios

Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos fins de semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal.
Estágio 2 - Dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com incapacidade para o trabalho repetitivo.
Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do sono e presença de sinais objetivos ao exame físico.

]Graus

Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores agravantes:
Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da síndrome. Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea localizada nos membros superiores ou cintura escapular, às vezes com pontadas que aparecem em caráter ocasional durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há uma irradiação nítida. Melhora com o repouso. É em geral leve e fugaz, e os sinais clínicos estão ausentes. A dor pode se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a massa muscular envolvida. Tem bom prognóstico.
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor é mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente. É tolerável e permite o desempenho da atividade profissional, mas já com reconhecida redução da produtividade nos períodos de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar acompanhada de formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma irradiação definida. A recuperação é mais demorada mesmo com o repouso e a dor pode aparecer, ocasionalmente, quando fora do trabalho durante outras atividades. Os sinais, de modo geral, continuam ausentes. Pode ser observado, por vezes, pequena nodulação acompanhando bainha de tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar hipertonia e dolorimento. Prognóstico favorável.
Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente, é mais forte e tem irradiação mais definida. O repouso em geral só atenua a intensidade da dor, nem sempre fazendo-a desaparecer por completo, persistindo o dolorimento. Há frequentes paroxismos dolorosos mesmo fora do trabalho, especialmente à noite. É frequente a perda de força muscular e parestesias. Há sensível queda da produtividade, quando não impossibilidade de executar a função. Os sinais clínicos estão presentes, sendo o edema frequente e recorrente; a hipertonia muscular é constante, as alterações de sensibilidade estão quase sempre presentes, especialmente nos paroxismos dolorosos e acompanhadas de manifestações como palidez, hiperemia e sudorese das mãos. A mobilização ou palpação do grupo muscular acometido provoca dor forte. Nos quadros com comprometimento neurológico compressivo a eletromiografia pode estar alterada. Nessa etapa o retorno à atividade produtiva é problemático.
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estende a todo o membro afetado. Os paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado. A perda de força e a perda de controle dos movimentos se fazem constantes. O edema é persistente e podem aparecer deformidades, provavelmente por processos fibróticos, reduzindo também o retorno linfático. As atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade de trabalho é anulada e os atos da vida diária são também altamente prejudicados. Nesse estágio são comuns as alterações psicológicas com quadros de depressão, ansiedade e angústia.

]Como combater a LER

Se o seu trabalho atual exige movimentos repetitivos e você já percebe sinais de LER, talvez queira procurar ajuda médica na empresa. Se isso não for possível, talvez possa ir a um serviço de saúde para que um ortopedista avalie o seu caso e tome as medidas necessárias para ajudá-lo. As chances de recuperação serão muito maiores se a LER for tratada nos seus estágios iniciais.
Outro modo importante de combater a LER é dar atenção à ergonomia. O que é ergonomia? O termo é definido como “ciência aplicada que se ocupa em projetar e arrumar os objetos que as pessoas usam a fim de que essas e os objetos possam interagir do modo mais eficiente e seguro”.
Assim, a ergonomia tem a ver com adaptar o local de trabalho ao homem, bem como o homem ao local de trabalho. Porém, não se limita a melhorar o formato dum teclado ou de um martelo. É preciso levar em conta as necessidades mentais e emocionais do trabalhador. Para se conseguir isso, diz a ergonomista Dra. Ingeborg Sell, a ergonomia “utiliza-se de dados, informações e conhecimentos de todas as disciplinas participantes . . . e procura chegar a conhecimentos novos e abrangentes sobre o homem e seu trabalho”.
É verdade que mudar a ergonomia do local de trabalho pode estar fora do alcance do trabalhador. Mas os especialistas médicos presentes ao seminário de LER em Brasília explicaram que a “ergonomia participativa” não está. O que significa ergonomia participativa?
O empregador que incentiva a ergonomia participativa no local de trabalho leva em conta as opiniões dos trabalhadores, convidando-os a encontrar maneiras de melhorar o local de trabalho. Esse empregador também dá apoio à criação de uma comissão interna de LER composta de empregados e membros da diretoria. Esse grupo fica de olho no local de trabalho para manter um ambiente seguro e confortável. Preocupa-se com causas de LER, incentiva a prevenção e define quais são as responsabilidades de empregador e de empregados no que se refere a controlar ou eliminar as causas de LER na empresa.

]Prevenção em casa e no trabalho

Para prevenir o LER é importante fazer pausas entre atividades muito repetitivas do dia, além de fazer alongamentos e outros exercícios a fim de trabalhar cada região corporal. Isso acelerará a circulação sanguínea e aumentará a quantidade de oxigênio disponível para os músculos fazerem seu trabalho. Naturalmente, em tempo frio ou antes de praticar esportes, é ainda mais importante fazer isso. Faça alguns exercícios para fortalecer especialmente os músculos que você usa mais. Músculos mais fortes ajudarão a realizar as tarefas necessárias no trabalho.
Além de tomar essas medidas em casa, é preciso um programa de prevenção no local de trabalho. O empregador pode prevenir problemas de LER nos trabalhadores preparando uma programação que permita pausas ou mudanças de ritmo e que inclua um rodízio para que os trabalhadores executem tarefas diferentes.
Outro passo para a prevenção de LER é fornecer aos trabalhadores equipamentos apropriados. Isso pode incluir, entre outras coisas, escrivaninhas e cadeiras de altura apropriada, almofadas de apoio para o cotovelo, furadeiras e alicates que não exijam que se faça muita força com a mão, teclados ergonômicos para computadores ou equipamentos pesados com amortecedores para evitar vibração excessiva.
Junto com o tratamento médico, os sintomas da LER desaparecerão. Ele poderá até ficar curado. Sem dúvida, é preciso esforço pessoal e mudanças organizacionais para combater a LER, mas visto que o número de trabalhadores com esse tipo de doença está aumentando, os benefícios dessas mudanças possivelmente serão maiores que os custos.