9 de nov. de 2009

DEFINIÇÕES DE CANCER VERDADES E MENTIRAS


Câncer é o termo utilizado para se referir a mais de 100 tipos de doenças nas quais células que sofreram alterações genéticas, chamadas então de neoplásicas ou cancerígenas, se dividem sem controle, podendo invadir tecidos do organismo por meio da circulação sangüínea e do sistema linfático.
A maioria dos cânceres é nomeada de acordo com o órgão atingido ou tipo de célula onde se inicia, e os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células que compõem o nosso organismo. As principais categorias do câncer são carcinoma, sarcoma, linfoma e leucemia.
Alguns tipos, como a leucemia, não formam tumores. Ainda que as alterações genéticas que ocorrem nesse tipo de câncer e em outros que formam tumores malignos seja a mesma, a diferença é que na leucemia o desenvolvimento se dá na medula óssea e as células alteradas caem diretamente na circulação sangüínea.
Cabe lembrar que não há possibilidade de transmissão de câncer entre pessoas, mesmo nos contatos mais íntimos. Qualquer célula maligna que penetre em outro corpo é rapidamente destruída pelo Sistema Imunológico desse novo organismo.
Origem dos tumores
Todos os cânceres se iniciam na célula, a menor unidade estrutural básica dos seres vivos. O organismo humano é composto por vários tipos de células, que crescem e se dividem de modo controlado e ordenado, garantindo o seu bom funcionamento. Uma vez que são responsáveis pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo, quando ficam velhas ou danificadas, as células morrem e são substituídas por novas. Mas é possível que esse processo natural sofra erros.
O material genético (DNA) de uma célula pode sofrer alterações ou ser danificado, desenvolvendo mutações que afetam o crescimento normal das estruturas celulares e consequentemente a sua divisão. Com seus mecanismos de controle da divisão inoperantes, as células passam a se multiplicar independentemente das necessidades do organismo.
Por meio de sucessivas divisões, as células acabam formando um agrupamento de estruturas celulares irregulares que recebe o nome de tumor. Diante dessa perda de controle intrínseca da multiplicação celular, só resta ao organismo tentar identificar e destruir essas estruturas anormais por intermédio do Sistema Imunológico que, por vezes impotente, não consegue conter a evolução da doença.

Tumores malignos e benignos

Somente tumores malignos podem ser designados como câncer. Um tumor benigno pode se tornar um maligno, mas não necessariamente o tumor maligno já foi um benigno. Uma das principais diferenças entre os dois tipos de tumor é em relação à velocidade de crescimento e à capacidade que tem ou não de invasão e da proliferação celular: os tumores malignos têm crescimento acelerado em comparação aos benignos. O tumor maligno sofre um processo de vascularização, chamada de angiogênese, que promove acelerado crescimento e maior probabilidade de invadir outras partes do organismo.

Tumor Benigno:
• Não é cancerígeno, embora um tumor benigno possa vir a se transformar em maligno, em virtude de fatores como velocidade de crescimento, e capacidade de invasão e proliferação das células.
• Também forma vasos sangüíneos, mas em menor número comparado ao câncer.
• Em geral, pode ser removidos por cirurgia e dificilmente reaparecem.
• As células do tumor benigno não se espalham para outros pontos do organismo, raramente implicando em risco de morte.
• Não ocorre ulceração, sangramento e/ou infiltração.
• É bem delimitado, simétrico, suas bordas são regulares, possui apenas uma tonalidade de cor, e não provoca coceira e nem inflamação.

Tumor maligno:
• É cancerígeno.
• As células podem invadir tecidos próximos e se espalham para outras partes do organismo.
• Abrange um grupo de centenas de tipos da doença que, embora sejam diferentes entre si, têm a capacidade comum de formar colônias de células que invadem e destroem tecidos e órgãos à sua volta. Quando ocorre de um tumor benigno se transformar em um tumor maligno, a velocidade de crescimento das células é acelerada, tornando-se capazes de invadir outros tecidos.
VERDADES MENTIRAS SOBRE O CANCER



::  O telefone celular pode causar câncer?

::  A exposição ao sol traz benefícios para a pele?
::  Pessoas com a pele morena ou negra não tem risco de ter câncer de pele?
::  Realizar bronzeamento artificial causa câncer?
::  Alimentos aquecidos no microondas podem gerar câncer?
::  Desodorantes anti-perspirantes podem causar câncer de mama?
::  O tabaco causa apenas câncer de pulmão?
::  Charutos e cachimbos têm menos chances de gerar um câncer de pulmão que cigarros comuns? 
::  A maconha causa câncer de pulmão?
::  O fumante passivo tem risco de ter câncer de pulmão?
::  Parar de fumar reduz consideravelmente o risco de desenvolver câncer de pulmão?
::  Fazer reposição hormonal aumenta o risco de se desenvolver câncer de mama?


O telefone celular pode causar câncer?
Ainda que alguns estudos afirmem que o aparelho celular emite doses pequenas de radiação eletromagnética que podem ser prejudiciais à saúde, os resultados das muitas pesquisas apresentadas são contraditórios e/ou ambíguos. Desse modo, não trazem concisões nas respostas e passam a gerar mais dúvidas.

Estudos realizados pela Universidade de Tel Aviv, em Israel, indicaram que o uso freqüente e prolongado do telefone celular contribui para o desenvolvimento de tumores benignos e malignos nas parótidas (glândulas salivares). Segundo a pesquisa israelense, as chances de uma pessoa desenvolver um tumor nessa região é 50% maior do que aquelas que não utilizam o aparelho. O maior risco ainda estaria presente nas áreas rurais, pois nessas regiões os celulares precisam emitir maior radiação para compensar a escassez de antenas.

Um estudo publicado na revista “New Scientist” também indicou que o telefone celular, mesmo que seja por curta duração, pode acelerar a enzima ERK1/2, que, por conseguinte, estimularia descontroladamente a divisão celular. Um outro estudo realizado pelo grupo de cientistas da Universidade Orebro, na Suécia, afirmou, ainda, que o risco de desenvolver a doença é de quem faz uso constante do aparelho, por 10 anos ou mais, aumentando, assim, em duas vezes e meia o risco de neuromas do acústico (tumores do nervo auditivo) e dobrando o risco de glioma (tumor maligno que afeta células do cérebro).

Embora diversas pesquisas mostrem que a radiação dos telefones celulares prejudiquem a saúde, a maior pesquisa já realizada por cientistas dinamarqueses acompanhou 420 mil pessoas na Dinamarca, inclusive algumas que já utilizavam o celular por mais de 10 anos. Nesse grupo foi encontrada uma incidência de câncer mais baixa do que a esperada, evidenciando a possibilidade dos celulares não terem nenhum impacto em relação ao desenvolvimento de tumores. Já uma pesquisa japonesa, feita pela Universidade Médica de Mulheres de Tóquio, analisou os efeitos da radiação do aparelho em diferentes partes do cérebro. O estudo concluiu que não houve aumento de risco dos 3 principais tipos de câncer do cérebro entre usuários regulares de telefones celulares.
Lesley Walker, um dos cientistas da organização de pesquisa “Cancer Research UK”, parece, contudo, ter resumido as especulações relacionadas ao aparelho móvel ao afirmar que “até agora, os estudos não mostraram nenhuma evidência de que o uso de celular é prejudicial, mas não podemos ter certeza absoluta sobre os efeitos em longo prazo”.
topo


A exposição ao sol traz benefícios para a pele?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 60 mil pessoas morrem por ano devido a exposição solar, sendo cerca de 48 mil dessas mortes são causadas por melanomas malignos e 12 mil por outros tipos de câncer de pele. Ademais, os raios ultravioletas também causam queimaduras e envelhecimento precoce da pele.

“Evite a exposição ao sol” é uma das freqüentes recomendações da classe médica, porém, novas pesquisas afirmam que o sol pode trazer mais benefícios do que riscos para a saúde. Desse modo há um questionamento sobre quais informações são verídicas.

Uma pesquisa publicada pela revista científica “Proceedings of the Nactional Academy of Sciences”, discorreu sobre a importância de tomar sol para a produção da vitamina D, que desempenha importante na prevenção de vários tipos de tumores internos e outras doenças. Além disso, pesquisas realizadas pela “Cancer Research UK” indicam que o sol ajuda a controlar o melanoma, o tipo de câncer de pele mais grave, e pesquisadores do Instituto Karolinska e da Universidade de Uppsala, concluíram que o sol potencializou o tratamento de pacientes com linfoma não-Hodgkin.

De qualquer modo, enquanto não se tem mais esclarecimentos é necessário ter cuidado com algumas afirmações anteriores.

Ficar exposto ao sol por um pequeno período de tempo, além de trazer alguns benefícios, é essencial para a produção da vitamina D e para a pele; porém, a exposição sem a devida proteção pode trazer riscos para a saúde. A recomendação é que quando exposta ao sol a pessoa deve se proteger com filtro solar no mínimo 15, sendo ideal sua aplicação 30 min antes da exposição à radiação ultravioleta. A intensidade dos raios ultravioletas varia de acordo com o horário e a época do ano. Os índices mais altos são registrados entre as 10h e 14h, portanto, é recomendável evitar o sol nesse horário. Além disso, a latitude e a altitude também influenciam: quanto mais próximo da linha do Equador, maior a exposição.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a falta de sol leva ao raquitismo, mas como o Brasil é um país ensolarado o ano todo, a nossa exposição cotidiana ao andarmos na rua é suficiente.
topo


Pessoas com a pele morena ou negra não tem risco de ter câncer de pele?
Todas as pessoas que se expõem ao sol, principalmente sem o uso de protetor solar, chapéu e bonés, tem risco aumentado de desenvolver câncer de pele.
Embora a probabilidade seja menor, uma pessoa que tem pele morena também pode vir a ter um câncer de pele. Nas pessoas negras e com pele morena, a produção de uma maior quantidade de melanina a protege dos efeitos deletérios do sol. Ainda assim elas também devem usar filtro solar e se proteger do sol no horário de risco compreendido entre 10-15h.
topo


Realizar bronzeamento artificial causa câncer?
Quem realiza bronzeamento artificial se expõe a radiação UVA, que pode provocar câncer epidérmico e melanoma, bem como propicia maior envelhecimento da pele, aparecimento de rugas e manchas escuras.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o bronzeamento artificial causa câncer de pele e os dermatologistas contra-indicam esse tipo de técnica. Ainda que o filtro solar proteja o indivíduo das radiações UVA, é imprescindível eliminar uma prática maléfica como o bronzeamento artificial em vez de reforçá-la.
topo


Alimentos aquecidos no microondas podem gerar câncer?

Os fornos de microondas emitem pequenas doses de elementos radioativos, mas não há evidências científicas suficientes que comprovem que o uso constante do microondas seja prejudicial à saúde ou que cause algum tipo de câncer, uma vez que os alimentos não se tornam radioativos quando aquecidos no aparelho.
topo


Desodorantes anti-perspirantes podem causar câncer de mama?
Não há nenhuma pesquisa que realmente comprove que os desodorantes anti-perspirantes causem qualquer tipo de câncer. Especula-se que o desodorante anti-perspirante impeça a eliminação das toxinas na região das axilas, levando as células a sofrer mutações cancerígenas, mas, tal informação já foi desmentida pelo centro de estudos “Breast Cancer Resource Center”, da “American Cancer Society. Aqui no Brasil, o Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (Cepem) também realizou pesquisas sobre o assunto juntamente com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA e com a Biblioteca Nacional de Medicina Americana e também afirmaram que o desodorante anti-perspirante não aumenta os riscos de desenvolver a doença.
topo


O tabaco causa apenas câncer de pulmão?
O hábito de fumar é a principal causa do câncer de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral e esôfago. Também contribui para o surgimento do câncer de bexiga, pâncreas, útero, rim e estômago, além de algumas formas de leucemia.
topo


Charutos e cachimbos têm menos chances de gerar um câncer de pulmão que cigarros comuns?
Tanto os cigarros como os charutos e fumo para cachimbos consistem em folhas de tabaco secas, além de outras substâncias. Mais de 4.000 já foram identificadas no tabaco e na sua fumaça, sendo que dentre elas, 43 são comprovadamente cancerígenas. Como há mais fumantes de cigarros do que de charutos e cachimbos, a ocorrência de câncer por cigarro é maior, mas charutos e cachimbos são igualmente perigosos.
topo


A maconha causa câncer de pulmão?
Segundo estudos diversos, assim como o cigarro de tabaco bem como o de maconha causam câncer. Cientistas da Nova Zelândia analisaram os efeitos cancerígenos da maconha e do tabaco e concluíram que em um período de 10 anos, o consumo diário de um cigarro de maconha pode ter efeitos nocivos semelhantes ao de 20 cigarros de tabaco/dia.

Além disso, o cigarro de maconha não possui filtro e o seu consumidor inala a fumaça mais profundamente e por mais tempo que o cigarro comum. Isso aumenta a quantidade de fumaça inalada e acresce em cinco vezes a concentração de elementos cancerígenos nos pulmões.
topo


O fumante passivo tem risco de ter câncer de pulmão?
Segundo dados apresentados recentemente pela Sociedade Européia de Oncologia (ESMO) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer de pulmão no mundo estão relacionados ao tabaco. Particularmente para os fumantes passivos, um dado alarmante: o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão é de 25% para companheiros de fumantes e de 17% em ambientes de trabalho.
topo
  DADOS RETIRADOS :www.abcancer.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário