29 de out. de 2009

ESCALA DE COMA DE GLASGOW


uma forma de se avaliar a profundidade e duração clínica de inconsciência e coma.
Em 1970, o National Institutes of HealthPublic Health ServiceU.S. Department of Health and Human Services, financiou dois estudos internacionais paralelos. Enquanto um estudou o estado de coma de pacientes com traumatismo cranianos severos, e o segundo focalizou o prognóstico médico do coma. Os pesquisadores desses estudos desenvolveram então o "Índice de coma", que posteriormente transformou-se na escala de coma de Glasgow, à medida que os dados estatísticos aplicados afinaram o sistema de pontuação, tendo então o número 1 como a pontuação mínima e, depois, uma escala ordinal foi aplicada para observar tendências.
A escala de coma de Glasgow que inicialmente fora desenvolvida para ser utilizada como um facilitador, ou melhor instrumento de pesquisa para estudar o nível de consciência de pacientes com trauma craniano grave e, de forma incisiva, mensurar a função em pacientes comatosos, dificuldade da definição da extensão da lesão cerebral.

]Elementos da escala

A escala compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.
1
2
3
4
5
6
Ocular
Não abre os olhos
Abre os olhos em resposta a estímulo de dor
Abre os olhos em resposta a um chamado
Abre os olhos espontaneamente
N/A
N/A
Verbal
Emudecido
Emite sons incompreensíveis
Pronuncia palavras inapropriadas
Confuso, desorientado
Orientado, conversa normalmente
N/A
Motor
Não se movimenta
Extensão a estímulos dolorosos
Flexão anormal a estímulos dolorosos
Flexão / Reflexo de retirada a estímulos dolorosos
Localiza estímulos dolorosos
Obedece a comandos

]Abertura ocular (AO)

Existem quatro níveis:
4 Olhos se abrem espontaneamente. 3 Olhos se abrem ao comando verbal. (Não confundir com o despertar de uma pessoa adormecida; se assim for, marque 4, se não, 3.) 2 Olhos se abrem por estímulo doloroso. 1 Olhos não se abrem.

]Melhor resposta verbal (MRV)

Existem 5 níveis:
5 Orientado. (O paciente responde coerentemente e apropriadamente às perguntas sobre seu nome e idade, onde está e porquê, a data etc) 4 Confuso. (O paciente responde às perguntas coerentemente mas há alguma desorientação e confusão) 3 Palavras inapropriadas. (Fala aleatória, mas sem troca conversacional) 2 Sons ininteligíveis. (Gemendo, sem articular palavras) 1 Ausente.

]Melhor resposta motora (MRM)

Existem 6 níveis:
6 Obedece ordens verbais. (O paciente faz coisas simples quando lhe é ordenado.) 5 Localiza estímulo doloroso. 4 Retirada inespecífica à dor. 3 Padrão flexor à dor. (decorticação) 2 Padrão extensor à dor. (descerebração) 1 Sem resposta motora.

]Interpretação

  • Pontuação total: de 3 a 15

    • 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
    • 4 = Coma profundo;
    • 7 = Coma intermediário;
    • 11 = Coma superficial;
    • 15 = Normalidade.


  • Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005)

    • 3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)
    • 9-12 = Moderado;
    • 13-15 = Leve.


]Escala pediátrica

  • Melhor resposta motora:
  1. Nenhuma resposta.
  2. Extensão(descerebração).
  3. Flexão(decorticação).
  4. Se afasta da dor.
  5. Localiza a dor.
  6. Obedece aos comandos.
  • Melhor resposta verbal:
  1. Nenhuma resposta.
  2. Inquieto, incosolável.
  3. Gemente.
  4. Choro consolável, interação adequada.
  5. Sorri, orientado pelo som acompanhando objetos, ocorre interação.
  • Ocular:
  1. Nenhuma.
  2. Com a dor. (ex. leve beliscão)
  3. Com a fala.
  4. Espontâneo.


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