uma forma de se avaliar a profundidade e duração clínica de inconsciência e coma.
Em 1970, o National Institutes of Health, Public Health Service, U.S. Department of Health and Human Services, financiou dois estudos internacionais paralelos. Enquanto um estudou o estado de coma de pacientes com traumatismo cranianos severos, e o segundo focalizou o prognóstico médico do coma. Os pesquisadores desses estudos desenvolveram então o "Índice de coma", que posteriormente transformou-se na escala de coma de Glasgow, à medida que os dados estatísticos aplicados afinaram o sistema de pontuação, tendo então o número 1 como a pontuação mínima e, depois, uma escala ordinal foi aplicada para observar tendências.
A escala de coma de Glasgow que inicialmente fora desenvolvida para ser utilizada como um facilitador, ou melhor instrumento de pesquisa para estudar o nível de consciência de pacientes com trauma craniano grave e, de forma incisiva, mensurar a função em pacientes comatosos, dificuldade da definição da extensão da lesão cerebral.
]Elementos da escala
A escala compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ocular | Não abre os olhos | Abre os olhos em resposta a estímulo de dor | Abre os olhos em resposta a um chamado | Abre os olhos espontaneamente | N/A | N/A |
Verbal | Emudecido | Emite sons incompreensíveis | Pronuncia palavras inapropriadas | Confuso, desorientado | Orientado, conversa normalmente | N/A |
Motor | Não se movimenta | Extensão a estímulos dolorosos | Flexão anormal a estímulos dolorosos | Flexão / Reflexo de retirada a estímulos dolorosos | Localiza estímulos dolorosos | Obedece a comandos |
]Abertura ocular (AO)
Existem quatro níveis:
4 Olhos se abrem espontaneamente. 3 Olhos se abrem ao comando verbal. (Não confundir com o despertar de uma pessoa adormecida; se assim for, marque 4, se não, 3.) 2 Olhos se abrem por estímulo doloroso. 1 Olhos não se abrem.
]Melhor resposta verbal (MRV)
Existem 5 níveis:
5 Orientado. (O paciente responde coerentemente e apropriadamente às perguntas sobre seu nome e idade, onde está e porquê, a data etc) 4 Confuso. (O paciente responde às perguntas coerentemente mas há alguma desorientação e confusão) 3 Palavras inapropriadas. (Fala aleatória, mas sem troca conversacional) 2 Sons ininteligíveis. (Gemendo, sem articular palavras) 1 Ausente.
]Melhor resposta motora (MRM)
Existem 6 níveis:
6 Obedece ordens verbais. (O paciente faz coisas simples quando lhe é ordenado.) 5 Localiza estímulo doloroso. 4 Retirada inespecífica à dor. 3 Padrão flexor à dor. (decorticação) 2 Padrão extensor à dor. (descerebração) 1 Sem resposta motora.
]Interpretação
- Pontuação total: de 3 a 15
- 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo)
- 4 = Coma profundo;
- 7 = Coma intermediário;
- 11 = Coma superficial;
- 15 = Normalidade.
- Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005)
- 3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)
- 9-12 = Moderado;
- 13-15 = Leve.
]Escala pediátrica
- Melhor resposta motora:
- Nenhuma resposta.
- Extensão(descerebração).
- Flexão(decorticação).
- Se afasta da dor.
- Localiza a dor.
- Obedece aos comandos.
- Melhor resposta verbal:
- Nenhuma resposta.
- Inquieto, incosolável.
- Gemente.
- Choro consolável, interação adequada.
- Sorri, orientado pelo som acompanhando objetos, ocorre interação.
- Ocular:
- Nenhuma.
- Com a dor. (ex. leve beliscão)
- Com a fala.
- Espontâneo.
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