1 de mai. de 2013

Encefalopatia hepática

O que é Encefalopatia hepática?

Sinônimos: Coma hepático
A encefalopatia hepática é uma piora na função cerebral que ocorre quando o fígado não consegue mais remover as substâncias tóxicas no sangue.

Causas

A encefalopatia hepática é causada por distúrbios que afetam o fígado. Entre eles os que reduzem a função hepática (como cirrose ou hepatite) e doenças nas quais a circulação sanguínea não penetra no fígado. A causa exata da encefalopatia hepática é desconhecida.
Uma importante função do fígado é transformar substâncias tóxicas produzidas pelo corpo ou ingeridas (como remédios) em substâncias inofensivas. No entanto, quando o fígado está prejudicado, esses "venenos" podem se acumular na corrente sanguínea.
A amônia, que é produzida pelo corpo quando as proteínas são digeridas, é uma das substâncias tóxicas neutralizadas pelo fígado. Várias outras substâncias podem se acumular no corpo se o fígado não funcionar bem. Elas podem causar danos ao sistema nervoso.
A encefalopatia hepática pode ocorrer de repente em pessoas que não tinham problemas no fígado antes, quando o fígado é lesionado. Geralmente, o problema é visto em pessoas com doença hepática crônica.
A encefalopatia hepática pode ser desencadeada por:
  • Desidratação
  • Ingestão de proteínas em excesso
  • Anormalidades dos eletrólitos (principalmente redução do nível de potássio) por vômitos ou por tratamentos como paracentese ou ingestão de diuréticos
  • Sangramentos do intestino, estômago ou esôfago
  • Infecções
  • Problemas renais
  • Baixos níveis de oxigênio no corpo
  • Complicações na colocação do desvio (Consulte: Anastomose portossistêmica intra-hepática transjugular)
  • Cirurgia
  • Uso de medicamentos que inibem o sistema nervoso central (tais como barbitúricos ou tranquilizantes benzodiazepínicos)
Distúrbios que podem imitar ou mascarar os sintomas da encefalopatia hepática incluem:
A encefalopatia hepática pode ocorrer como um distúrbio agudo, porém, potencialmente reversível. Ou pode ocorrer como um distúrbio crônico e progressivo associado à doença hepática crônica.

Exames

Os sinais do sistema nervoso podem variar. Os sinais incluem:
  • Falta de coordenação e tremores nas mãos ao tentar estender os braços à frente do corpo e levantar as mãos.
  • Estado mental anormal, principalmente as funções cognitivas (raciocínio), como traçar linhas para conectar números
  • Sinais de doença hepática, como pele e olhos amarelados (icterícia) e retenção de líquido no abdome (ascite), e, ocasionalmente, um odor bolorento no hálito e na urina
Os exames podem incluir:
  • Hemograma completo ou hematócrito para verificar se há anemia
  • Tomografia computadorizada da cabeça ou ressonância magnética
  • Eletroencefalograma
  • Exames de função hepática
  • Tempo de protrombina
  • Níveis séricos de amônia
  • Níveis de sódio no sangue
  • Níveis de potássio no sangue
  • Nitrogênio ureico sanguíneo (BUN) e creatinina para verificar o funcionamento renal
  • A encefalopatia hepática pode se tornar uma emergência médica. A internação é necessária.
    O primeiro passo é identificar e tratar qualquer fator que possa ter causado a encefalopatia hepática.
    É preciso parar o sangramento gastrointestinal. Os intestinos devem estar sem sangue. Infecções, insuficiência renal e anormalidades dos eletrólitos (principalmente potássio) precisam ser tratadas.
    Poderá ser necessária a ajuda de aparelhos para respiração e circulação sanguínea, principalmente se o paciente estiver em coma. Pode ocorrer edema cerebral, trazendo risco de morte.
    Pacientes com casos graves e repetidos de encefalopatia podem ter que reduzir a ingestão de proteínas para baixar a produção de amônia. No entanto, é importante consultar um nutricionista pois quantidades muito baixas de proteína na dieta podem causar desnutrição. Pacientes em estado crítico podem precisar de alimentação especialmente formulada para uso por via intravenosa ou por sondas.
    Lactulose pode ser prescrita para evitar que as bactérias intestinais produzam amônia e para agir como laxante para retirar sangue dos intestinos. A neomicina também pode ser usada para reduzir a produção de amônia pelas bactérias intestinais. A rifaximina, um novo antibiótico, também é eficiente no combate à encefalopatia hepática.
    Sedativos, tranquilizantes e outros medicamentos que são processados pelo fígado devem ser evitados se possível. Medicamentos que contenham amônia (inclusive certos antiácidos) também devem ser evitados. Outros medicamentos e tratamentos podem ser recomendados. Eles podem apresentar resultados variados.

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