16 de jan. de 2011

Infecção urinária (cistite)

Infecção urinária cistiteA infecção urinária, também chamada de cistite, é a infecção da bexiga, o reservatório de urina do corpo humano.
A cistite é causada por bactérias, vírus, fungos e outros microorganismos que infectam as paredes da bexiga urinária. Quando não tratada adequadamente pode causar complicações, levando a infecção dos rins e das vias urinárias superiores, passando a ser denominada de pielonefrite.

Fatores de risco para contrair infecção urinária

  • A cistite ocorre principalmente em mulheres, devido à anatomia feminina que favorece a infecção, já que a vagina fica muito próxima da uretra, canal por onde sai a urina.
  • Pessoas com diabetes.
  • Mulheres que usam diafragma como método contraceptivo.
  • Histórico de cálculos renais (pedras nos rins).
  • Pessoas submetidas à passagem de sonda vesical.
  • Portadores de complicações com a próstata

Sintomas da infecção urinária ou cistite

A infecção urinária pode incluir vários dos sintomas abaixo, juntos ou separadamente:
  • Vontade freqüente de urinar;
  • Dificuldade de urinar;
  • Dor, queimação ou ardência ao urinar em casos mais avançados;
  • Urina com cheiro forte, podendo ter sangue ou pus;
  • Dor nas costas e no estômago;
  • Tremores, suores, calafrios;
  • Náuseas, vômitos e febre.

Diagnóstico da infecção urinária ou cistite

Os sintomas acima podem levar a suspeita de infecção urinária, no entanto o diagnóstico deve ser realizado pelo médico por meio de avaliação clínica e realização de exames complementares, o mais comum é o EAS (exame simples de urina).

Tratamento da infecção urinária ou cistite

As infecções urinárias são combatidas com facilidade a partir do uso de antibióticos de eficácia comprovada. A duração do tratamento depende do diagnóstico e da gravidade da infecção. Crianças e principalmente mulheres grávidas devem receber cuidado médico especial.
O antibiótico correto depende da avaliação médica, portanto não é recomendada auto-medicação que pode acabar atrasando o tratamento correto e ainda resultar em bactérias resistentes.

Prevenção da infecção urinária ou cistite

Prevenir a infecção urinária é possível, algumas medidas incluem:
  • Ingerir bastante água, pelo menos 2 litros por dia, isso contribui para a formação de um maior volume de urina e a eliminação de eventuais bactérias.
  • Fazer xixi sempre que tiver vontade, evitar ficar segurando a urina prolongadamente.
  • As mulheres devem ter cuidados especiais com sua higiene após urinar, usando o papel higiênico de frente para trás sempre. Nunca o contrário, porque pode levar microorganismos da região anal para a vagina, aumentando o risco de infecções.
  • Após relação sexual, fazer xixi.
  • Caso persistam a recorrência de infecções, o uso de antibióticos de forma profilática pode ser indicado pelo médico.

Fontes e referências

Este guia sobre infecção urinária (cistite) foi produzido pelo Editorial Médico utilizando fontes nacionais e internacionais de confiança para apresentar informações atualizadas e respaldadas em consensos e pesquisas médicas. Dentre as fontes científicas utilizadas estão:
  1. Clinical practice. Acute uncomplicated urinary tract infection in women.N Engl J Med. 2003 Jul 17;349(3):259-66.
  2. Uncomplicated urinary tract infection in adults including uncomplicated pyelonephritis.Urol Clin North Am. 2008 Feb;35(1):1-12, v.

Larvas no tratamento de feridas


Larvas de moscas: as assistentes do médico no tratamento de feridas

Eu amo os insetos e todos sabem disso. Mas assumo que é difícil aceitar a possibilidade de ter larvas nojentas devorando um tecido do nosso corpo. Mas saiba que a larva-terapia está virando moda no mundo inteiro com resultados impressionantes de recuperação. Esta terapia especial resulta numa impressionante "limpeza de feridas" como se fosse uma bio-cirurgia.
O tratamento consiste no uso de larvas de moscas com hábito saprófago, ou seja, que se alimentam de tecido necrosado (podre). Normalmente vem sendo usadas as larvas da mosca Lucilia sericata (um tipo de mosca-varejeira) gostam exatamente daquilo que causa um problema na ferida: o tecido morto que não cicatriza. Essas larvas não possuem pequenos dentes. Elas liberam uma enzima que prepara o seu "alimento" e ainda acaba com bactérias resistentes a antibióticos.
As larvas da mosca varejeira são cultivadas livres de germes em um laboratório. Em comparação com o método tradicional de limpeza da ferida com bisturi e do combate à infecção com medicamentos realizam o seu trabalho totalmente sem dor e sem efeitos colaterais. As larvas trabalham de maneira altamente seletiva, assimilando somente tecidos mortos, sem mexer nas partes saudáveis. Como nos tecidos mortos não há mais fibras nervosas, o paciente não sente nada. Após três ou quatro dias é efetuada a troca do curativo e das larvas. As larvas aumentaram seu volume corporal em 10 vezes quando o existe muito tecido necrosado. O tratamento demora de 2 a 6 meses.
A aplicação destes "bio-cirurgiões" é contra-indicada quando há uma abertura corporal perto da ferida ou no caso de ferimentos agudos. É muito indicada para feridas crônicas, como abcessos nas pernas do diabético ou escaras (feridas crônicas, abertas no paciente que fica longos períodos deitado).
Como outros métodos de cura que já caíram no esquecimento, o tratamento de feridas com a larva Lucilia sericata não é nenhuma invenção da atualidade. Durante a guerra de recessão norte-americana, os médicos nos campos de batalha observavam que os feridos deitados a céu aberto apresentavam uma cura surpreendentemente rápida, depois que moscas varejeiras haviam posto seus ovos nas feridas. Também na 2ª Guerra Mundial os médicos usaram esse método com sucesso. Somente no decorrer do desenvolvimento dos antibióticos a terapia com a ajuda das larvas foi esquecida.
1- As larvas criadas em laboratório são acondicionadas em frascos etiquetados dessa forma: Larvas Medicinais Desinfetadas

2- A ferida necrosada é preparada para receber as larvas. Notem a quantidade de tecido apodrecido e infeccionado.

3- As larvas recén-emergidas e famintas são colocadas diretamente na ferida, protegidas com gaze e então o curativo é fechado normalmente.

4- A cada 2 dias o curativo é trocado. Impressionante: As larvas devoram o tecido necrosado e aumentam 10 vezes o seu tamanho.

5- A ferida é lavada, as larvas gordinhas são retiradas.

6- O processo é repetido: a ferida recebe outro "carregamento" de larvas (cerca de 200). Geralmente o tratamento demora de 2 a 6 meses dependendo da gravidade.

7- O resultado é impressionante!

13 de jan. de 2011

ENGASGAMENTO






O engasgamento ou sufocação pode ser definido como uma obstrução total ou parcial das vias aéreas, obstrução esta, provocada pela presença de um corpo estranho.
Na obstrução total das vias aéreas a vítima não consegue tossir, falar ou respirar.
Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie a vítima prestando o socorro da forma que segue:
1. Se a vítima está consciente, de pé ou sentada, posicione-se por trás dela e coloque seus braços ao redor da cintura da vítima. Segure um dos punhos com a sua outra mão, colocando o polegar contra o abdome da vítima, entre o final do osso esterno (apêndice xifóide) e o umbigo. De então repetidos puxões rápidos para dentro e para cima, a fim de expelir o corpo estranho. Repita os movimentos até conseguir desobstruir as vias aéreas da vítima, ou então, até ela ficar inconsciente.
2. Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas e posicione-se sobre o seu quadril. Coloque a palma de uma de suas mãos contra o abdome da vítima, cerca de 4 dedos acima do umbigo. Com a outra mão sobre a primeira, comprima 5 vezes contra o abdome da vítima com empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca da vítima e pesquise a presença do corpo estranho. Se esse aparecer na boca, retire-o com seu dedo. Se não, providencie uma ventilação e se o ar não passar, reposicione a cabeça e ventile novamente. Se a obstrução persiste repita o procedimento novamente, até conseguir expulsar o objeto que causa a obstrução respiratória.
3. Lactentes devem ser virados de cabeça para baixo sobre o braço de uma adulto. Dê 5 pancadas firmes no meio das costas da vítima. O socorrista deve posicionar a cabeça do bebê num nível abaixo do resto do corpo, de forma que o objeto que está sufocando possa sair das vias aéreas. Vire o bebê e comprima 5 vezes sobre o tórax, em seguida, tente visualizar o corpo estranho na boca do bebê e remova-o com seu dedo mínimo. Se o corpo estranho não aparece, repita as manobras de compressão nas costas e sobre o tórax, até conseguir a completa desobstrução.
Obs.: em pessoas extremamente obesas ou em estágio avançado de gravidez, a técnica de compressão abdominal (manobra de Heimlich) não deve ser executada. Nesses casos, recomenda-se a compressão sobre a parte inferior do tórax da vítima, ou seja, a substituição da compressão abdominal por compressão torácica. PARADA CARDÍACA



dados retirados:http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=4709&assunto=Primeiros%20socorros/Emerg%C3%AAncia

Ancilostomose


Jeca Tatu: personagem literário com sintomatologia típica de ancilostomose. 
À direita: imagem evidenciando o aparelho bucal do verme parasita.
A ancilostomose, também conhecida por amarelão, é uma doença causada por vermes nematódeos (espécie: Necator americanus e Ancylostoma duodenale). As formas adultas desses parasitas se instalam no aparelho digestivo dos seres humanos, onde se fixam na porção que compreende o intestino delgado, nutrindo-se de sangue do hospedeiro e causando anemia.
Essa doença é transmitida através da penetração ativa de pequenas larvas infectantes na pele de um indivíduo em contato com ambientes propensos, principalmente o solo, contendo fezes contaminadas por ovos que eclodem e desenvolvem as larvas.
Após passarem pela epiderme, as larvas atingem a corrente sanguínea, seguindo em direção aos alvéolos nos pulmões (pequena circulação). Por meio das vias respiratórias, as larvas se deslocam pela traqueia até a laringe, onde são deglutidas com os alimentos ingeridos, passando pelo esôfago, estômago e alcançando a parede do intestino. Neste local se reproduzem, eliminando ovos juntamente às fezes.
A adesão dos vermes no ducto intestinal ocorre devido à presença de um aparelho bucal munido de dentículos que se inserem na superfície interna da região duodenal, provocando lesão e consequentemente sangramento, agravando o quadro anêmico.
Essa doença pode ser controlada, mediante as seguintes medidas profiláticas:
- Utilização de calçados (sapato ou sandália), evitando o contato direto com o solo contaminado; 
- Fornecimento de infraestrutura básica para a população, proporcionando saneamento básico e condições adequadas de higienização
- Ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao lazer das crianças, pois acabam brincando com terra; 
- Educação da comunidade, bem como o tratamento das pessoas doentes.
Identificação sintomática: anemia (palidez), afecções pulmonares, fezes com rajas de sangue e indisposição física.
Tratamento: vermífugos, como o albendazol, devidamente prescritos pelo médico.

Paralisia Cerebral


As palavras paralisias cerebrais são usadas para descrever uma condição de ser, um estado de saúde, uma deficiência física adquirida, um Distúrbio de Eficiência Física que durante muito tempo teve o significado de "invalidez".
Atualmente, o termo Paralisias Cerebrais (P.C.) vem sendo usado como o significado do resultado de um dano cerebral , que leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo. O termo cerebral quer dizer que área atingida é o cérebro (sistema Nervoso Central - S.N.C) e a palavra paralisia refere-se ao resultado do dano ao S.N.C., com conseqüências afetando os músculos e sua coordenação motora, dos portadores desta condição especial de ser e estar no mundo.
Paralisias cerebrais não são doença, mas uma condição médica especial (que freqüentemente ocorre em crianças), antes, durante ou logo após o parto, e quase sempre é o resultado da falta de oxigenação ao cérebro. As crianças afetadas por Paralisias Cerebrais têm uma perturbação do controle de suas posturas e dos movimentos do corpo, como conseqüência de uma lesão cerebral.
Estas lesões possuem diversas causas, freqüentemente devido à falta de oxigenação antes, durante ou logo após o parto, não existindo dois casos semelhantes, pois algumas crianças têm perturbações sutis, quase imperceptíveis, aparentando serem "desajeitadas" ao caminhar, falar ou usar as mãos, enquanto que as submetidas a lesões cerebrais mais graves, a exemplo de casos de anóxia neonatal, podem apresentar incapacidade motora acentuada, impossibilidade de falar, andar e se tornam dependentes para as atividades cotidianas.
SAIBA QUE:
1. A Paralisia Cerebral não é contagiosa.
2. A pessoa com Paralisia Cerebral tem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória.
3. Se a pessoa portadora de Paralisia Cerebral tiver sua visão ou audição prejudicada pela lesão, terá dificuldades para entender as informações como normalmente são transmitidas; Se o controle da fala for atingidos, terá dificuldades para comunicar seus pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos não são observados, a pessoa portadora de Paralisia Cerebral pode ser erroneamente classificada como deficiente mental ou não inteligente.
4. Homens e mulheres portadores de Paralisia Cerebral podem ter filhos como qualquer outra pessoa. As características dos óvulos e dos espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores, não são afetados pela lesão cerebral.
PRINCIPAIS CAUSAS DURANTE O PARTO 
  · Falta de oxigênio ao nascer (o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro);
  · Lesões causadas por partos difíceis, principalmente a dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal);
  · Trabalho de parto demorado;
  · Mau uso do fórceps, manobras obstétricas violentas;
  · Os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos) têm mais chances de apresentar Paralisia Cerebral.
PRINCIPAIS CAUSAS DEPOIS DO NASCIMENTO
  · Febre prolongada e muito alta;
  · Desidratação, com perda significativa de líquidos;
  · Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
  · Ferimento ou traumatismo na cabeça;
  · Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
  · Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas  agrícolas ou outros venenos);
  · Sarampo;
  · Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade.
PREVENIR É IMPORTANTE
  · Muitos casos de Paralisia Cerebral podem ser evitados através de campanhas educativas, visando os futuros pais e profissionais que lidam com a gestante, a parturiente e o bebê. É importante a presença de um médico pediatra (neo-natologista) na sala de parto.
  · Antes de pensar em ter filhos, o casal deve passar por exames médicos para detectar a possibilidade de problemas hereditários e a incompatibilidade sangüínea.
  · Ao engravidar, a mulher deve ir periodicamente ao médico, procurar alimentar-se bem, evitar o álcool, o fumo e não tomar remédios sem consultar o médico.
  · Vacinar o bebê e evitar qualquer situação de risco é essencial para uma saúde perfeita.
PARTES DO CORPO AFETADAS
A Paralisia Cerebral atinge diversas regiões do cérebro.
Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas, alterando o tônus muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar movimentos involuntários, alterações do equilíbrio, do caminhar, da fala, da visão, da audição, da expressão facial. Em casos mais graves pode haver comprometimento mental.
 TEM PARALISIA CEREBRAL
A pessoa com paralisia cerebral anda com dificuldade ou não anda, pode ter problemas de fala. Seus movimentos podem ser estranhos ou descontrolados. Pode involuntariamente apresentar gestos faciais incomuns, sob a forma de caretas. Geralmente, porém trata-se de uma pessoa inteligente e sempre muito sensível – ela sabe e compreende que não é como os outros.
Para ajudá-la, não a trate bruscamente. Adapte-se ao seu ritmo. Se não compreender o que ela diz, peça-lhe que repita: ela o compreenderá. Não se deixe impressionar pelo seu aspecto. Aja de forma natural... Sorria... é uma pessoa igual a você!
Texto adaptado do sites do DEFNET e da Associação de Paralisia Cerebral do Brasil

DOENÇAS Respiratórias Prevalentes na Infância


São as doenças mais frequentes durante a infância, acometendo um número elevado de crianças, de todos os níveis sócio-econômicos e por diversas vezes. Nas classes sociais mais pobres, as infecções respiratórias agudas ainda se constituem como importante causa de morte de crianças pequenas, principalmente menores de 1 ano de idade. Os fatores de risco para morbidade e mortalidade são baixa idade, precárias condições sócio-econômicas, desnutrição, déficit no nível de escolaridade dos pais, poluição ambiental e assistência de saúde de má qualidade (SIGAUD, 1996).
A enfermagem precisa estar atenta e orientar a família da criança sobre alguns fatores:
  • preparar os alimentos sob a forma pastosa ou líquida, oferecendo em menores quatidades e em intervalos mais curtos, respeitando a falta de apetite e não forçando a alimentação;
  • aumentar a oferta de líquidos: água, chás e suco de frutas, levando em consideração a preferência da criança;
  • manter a criança em ambiente ventilado, tranquilo e agasalhada se estiver frio;
  • fluidificar e remover secreções e muco das vias aéreas superiores frequentemente;
  • evitar contato com outras crianças;
  • havendo febre: até 38,4ºC dar banho, de preferência de imersão, morno (por 15 minutos); aplicar compressa com água morna e álcool nas regiões inguinal e axilar; retirar excessos de roupa. Se ultrapassar este valor oferecer antitérmico recomendado pelo pediatra.

RESFRIADO

Inflamação catarral da mucosa rinofaríngea e formações linfóides anexas. Possui como causas predisponentes: convívio ou contágio ocasional com pessoas infectadas, desnutrição, clima frio ou úmido, condições da habitação e dormitório da criança, quedas bruscas e acentuadas da temperatura atmosférica, susceptibilidade individual, relacionada à capacidade imunológica (ALCÂNTARA, 1994).
Principais sinais e sintomas: febre de intensidade variável, corrimento nasal mucoso e fluido (coriza), obstrução parcial da respiração nasal tornando-se ruidosa (trazendo irritação, principalmente ao lactente que tem sua alimentação dificultada), tosse (não obrigatória), falta de apetite, alteração das fezes e vômitos (quando a criança é forçada a comer).
Não existindo contra-indicações recomenda-se a realização de exercícios rrespiratórios, tapotagem e dembulação. Se o estado for muito grave, sugerindo risco de vida para a criança se ela continuar em seu domicílio, recomenda-se a hospitalização.

PNEUMONIA

Inflamação das paredes da árvore respiratória causando aumento das secreções mucosas, respiração rápida ou difícil, dificuldade em ingerir alimentos sólidos ou líquidos; piora do estado geral, tosse, aumento da frequência respiratória (maior ou igual a 60 batimentos por minuto); tiragem (retração subcostal persistente), estridor, sibilância, gemido, períodos de apnéia ou guinchos (tosse da coqueluche), cianose, batimentos de asa de nariz, distensão abdominal, e febre ou hipotermia (podendo indicar infecção).

AMIGDALITES

Muito frequente na infância, principalmente na faixa etária de 3 a 6 anos (ALCÂNTARA, 1994). Seu quadro clínico assemelha-se a um resfriado comum. Principais sinais e sintomas: febre, mal estar, prostração ou agitação, anorexia em função da dificuldade de deglutição, presença de gânglios palpáveis, mau hálito, presença ou não de tosse seca, dor e presença de pus na amigdala.
Às orientações de enfermagem acrescentaria-se estimular a família a ofertar à criança uma alimentação mais semi-líquida, a base de sopas, papas ...

OTITE

Caracterizada por dor, febre, choro frequente, dificuldade para sugar e alimentar-se e irritabilidade, sendo o diagnóstico confirmado pelo otoscópio. Possui como fatores predisponentes:
  • alimentação em posição horizontal, pois propicia refluxo alimentar pela tuba, que é mais curta e horizontal na criança, levando à otite média;
  • crianças que vivem em ambiente úmido ou flhas de pais fumantes;
  • diminuição da umidade relativa do ar;
  • limpeza inadequada, com cotonetes, grampos e outros, prejudicando a saída permanente da cera pela formação de rolhas obstrutivas, ou retirando a proteção e facilitando a evolução de otites micóticas ou bacterianas, além de poder provocar acidentes.
Orientar sobre a limpeza que deve ser feita apenas com água, sabonete, toalha e dedo.

SINUSITE

"Desencadeada pela obstrução dos óstios de drenagem dos seios da face, favorecendo a retenção de secreção e a infecção bacteriana secundária" (LEÃO, 1989). Caracteriza-se por tosse noturna, secreção nasal e com presença ou não de febre, sendo que raramente há cefaléia na infância (SAMPAIO, 1994). Casos recidivantes são geralmente causados por alergia respiratória. Possui como fatores predisponentes:
  • episódios muito frequentes de resfriado;
  • crianças que vivem em ambiente úmido ou flhas de pais fumantes;
  • diminuição da umidade relativa do ar.

RINITE

Apresenta como manifestações clínicas a obstrução nasal ou coriza, prurido e espirros em salva; a face apresenta "olheiras"; dupla prega infra-orbitária; e sulco transversal no nariz, sugerindo prurido intenso. Pode ser causada por alergia respiratória, neste caso faz-se necessário afastar as substâncias que possam causar alergia.

BRONQUITE

Inflamação nos brônquios, caracterizada por tosse e aumento da secreção mucosa dos brônquios, acompanhada ou não de febre, predominando em idades menores. Quando apresentam grande quntidade de secreção pode-se perceber ruído respiratório ("chiado" ou "ronqueira") (RIBEIRO, 1994).
Propicia que as crianças portadoras tenham infecções com maior frequência do que outras. Pode se tornar crônica, levando a anorexia a uma perda da progressão de peso e estatura (RIBEIRO, 1994). Recomenda-se afastar substâncias que possam causar alergias.

ASMA

Doença crônica do trato respiratório, sendo uma infecção muito frequente na infância. A crise é causada por uma obstrução, devido a contração da musculatura lisa, edema da parede brônquica e infiltração de leucócitos polimorfonucleares, eosinófilos e linfócitos (GRUMACH, 1994).
Manifesta-se através de crises de broncoespasmo, com dispnéia, acessos de tosse e sibilos presentes à ausculta pulmonar. São episódios auto-limitados podendo ser controlados por medicamentos com retorno normal das funções na maioria das crianças.
Em metade dos casos, os primeiros sintomas da doença surgem até o terceiro ano de vida e, em muitos pacientes, desaparecem com a puberdade. Porém a persistência na idade adulta leva a um agravo da doença.
Fatores desencadeantes: alérgenos (irritantes alimentares), infecções, agentes irritantes, poluentes atmosféricos e mudanças climáticas, fatores emocionais, exercícios e algumas drogas (ácido acetil salicílico e similares).
É importante que haja:
  • estabelecimento de vínculo entre paciente/ família e equipe de saúde;
  • controle ambiental, procurando afastar elementos alergênicos;
  • higiene alimentar;
  • suspensão de alimentos só deverá ocorrer quando existir uma nítida relação com a sintomatologia apresentada;
  • fisioterapia respiratória a fim de melhorar a dinâmica respiratória, corrigir deformidades torácicas e vícios posturais, aumentando a resistência física.
Durante uma crise o paciente precisa de um respaldo medicamentoso para interferir na sintomatologia e de uma pessoa segura e tranquila ao seu lado. Para tanto a família precisa ser muito bem esclarecida e em alguns casos faz-se necessário encaminhamento psicológico.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALCÂNTARA, P. ROZOVIT, T. Infecções Vias das Aéreas Superiores. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8º ed. São Paulo: SARVIER, 1994.
GRUMACH, A.S. & SAMPAIO, P.L. Doenças Alérgicas Respiratórias. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8º ed. São Paulo: SARVIER, 1994.
LEÃO, E. et al Pediatria Ambulatorial. 2º ed. Belo Horizonte: COOPMED, 1989.
RIBEIRO,T.V.M. Bronquite. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8º ed. São Paulo: SARVIER, 1994.
SAMPAIO, P.L. Otorrinolaringologia. In: MARCONDES, E. Pediatria Básica. 8º ed. São Paulo: SARVIER, 1994.
SIGAUD, C.H.S.; VERÍSSIMO, M.L.R. Enfermagem Pediátrica: o cuidado de enfermagem à criança e ao adolescente. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1996.